O processo foi demorado e complexo. Foto meramente ilustrativa / Crédito: Freepik
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No dia 26 de julho, nasceu o bebê mais velho do mundo! Sim, Thaddeus Daniel Pierce nasceu do embrião que permaneceu 30 anos congelado. A mãe biológica do embrião, Linda Archerd, recorreu ao método de fertilização in vitro em 1994. O procedimento era pouco conhecido e experimental na época.
O tratamento resultou em quatro embriões: um foi implantado, resultando no nascimento da filha de Linda, hoje com 30 anos; os outros três ficaram congelados para uso futuro.
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Por anos, Linda guardou os embriões congelados, pagando uma taxa anual que chegava a mil dólares. Mesmo depois de se divorciar e entrar na menopausa, ela não quis descartá-los nem doar para pesquisa.
Por motivos pessoais e religiosos, decidiu participar de um programa de “adoção de embriões”, onde teria a chance de conhecer a família que receberia os bebês.
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Assista também um vídeo do canal de Mariana Betioli sobre este tema:
O processo foi demorado e complexo, pois as clínicas às quais ela recorreu se recusavam a realizar o procedimento devido à idade dos embriões. Além disso, a forma como eles foram armazenados seguia uma técnica antiga, conhecida por “congelamento lento”, que, quando realizada, apresenta menor taxa de sucesso na fecundação.
O tratamento foi feito na clínica Rejoice Fertility, no Tennessee, conduzido pelo médico endocrinologista reprodutivo John Gordon.
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A equipe do médico aceitou o que seria um grande desafio para a ciência: o descongelamento de embriões que ficaram preservados por três décadas. Dos três embriões descongelados, dois foram transferidos para o útero de Lindsey, e um se desenvolveu até o nascimento.
Nos Estados Unidos, não existe um tempo limite para conservar embriões congelados. Hoje, aproximadamente 1,5 milhão deles estão armazenados em tanques de nitrogênio pelo país.
Embora estudos indiquem que o congelamento prolongado possa reduzir a chance de os embriões sobreviverem ao processo, ainda não há uma definição clara sobre os efeitos disso na saúde das crianças que nascem.
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Archerd, a doadora dos embriões, queria que os pais fossem um casal cristão, branco, casado e residente nos EUA.
Nesses termos, apareceu o casal Lindsey e Tim Pierce. Aos 35 e 34 anos, respectivamente, eles já tinham passado por diversas tentativas de engravidar.
A mulher, inclusive, chegou a pesquisar sobre adoção de crianças quando descobriu o laboratório que guardava os embriões.
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Enquanto isso, o casal, na hora de definir seus critérios para receber os embriões, decidiu não limitar nada. E foi assim que, sem saber, acabaram compatibilizados com os embriões congelados em 1994.