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Argentina avança para liberar entrada nos EUA sem visto

Governo Milei aposta em aproximação com Trump para entrar em programa de isenção de vistos

Luna Almeida

Publicado em 28/07/2025 às 20:43

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O anúncio foi feito após o encontro do presidente Javier Milei com a secretária de Segurança Nacional dos EUA / Reprodução/Instagram

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O governo argentino iniciou formalmente o processo para integrar o programa de isenção de visto dos Estados Unidos, conhecido como Visa Waiver Program. A iniciativa busca permitir que cidadãos da Argentina possam viajar ao país norte-americano para turismo ou negócios sem a necessidade de visto, por até 90 dias, mediante o preenchimento prévio do formulário ESTA.

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O anúncio foi feito após o encontro do presidente Javier Milei com a secretária de Segurança Nacional dos EUA, Kristi Noem, na Casa Rosada. A Argentina tenta reforçar sua posição junto ao governo de Donald Trump, com quem Milei mantém afinidades ideológicas. 

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A iniciativa, se bem-sucedida, colocará o país em um grupo restrito de nações com acesso facilitado ao território norte-americano.

De acordo com nota oficial, a adesão ao programa não ocorre de maneira automática e exige que a Argentina atenda a rigorosos critérios migratórios internacionais. Atualmente, 42 países participam do Visa Waiver Program. 

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Na América Latina, apenas o Chile integra o grupo. O custo para a solicitação do ESTA é de US$ 21, valor significativamente menor que o necessário para a obtenção de um visto tradicional.

Enquanto isso, Brasil enfrenta barreiras comerciais

Ao contrário da Argentina, o Brasil vê as relações com os EUA atravessarem um momento de tensão. 

No início de julho, o governo norte-americano anunciou que produtos brasileiros estarão sujeitos a uma tarifa de 50% a partir de 1º de agosto, medida que afetará diretamente o comércio bilateral.

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A decisão foi tomada pelo próprio presidente Trump e tem dificultado o avanço de negociações, já que o atual modelo de política comercial dos EUA tem sido fortemente influenciado por fatores geopolíticos. 

Especialistas apontam que as conversas entre as equipes técnicas brasileiras e americanas estão travadas, já que decisões tarifárias têm partido diretamente da cúpula republicana, deixando de lado os canais diplomáticos tradicionais.

Embora o Brasil tenha iniciado tratativas para entrar no Visa Waiver Program ainda em 2011, durante os governos Dilma Rousseff e Barack Obama, não houve avanço efetivo nos anos seguintes.

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O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior afirmou que segue buscando diálogo com os EUA para reverter as tarifas, mantendo uma postura de negociação baseada no respeito à soberania brasileira e sem envolvimento de disputas políticas. 

Paralelamente, cresce o interesse dos norte-americanos em temas estratégicos da região, como a disputa por influência com a China e o acesso às terras raras brasileiras.

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