A empresa brasileira NanoScoping está testando desinfetantes contra o novo coronavírus, mas não aconselha as pessoas a ingerirem o produto. / Divulgação/Nanoscoping
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A cidade de Nova York observou um aumento de chamadas de emergência relativas à ingestão de desinfetante caseiro nos últimos dias, depois que o presidente Donald Trump disse que isso poderia ser uma boa maneira de combater o coronavírus.
Segundo a rede NBC, nas 18 horas que se seguiram a essa sugestão do presidente, na quinta-feira (23), o centro de controle de envenenamento da cidade recebeu 30 ligações sobre esse assunto – nove sobre o desinfetante Lysol, dez sobre alvejantes e 11 sobre outros produtos de limpeza caseiros.
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No mesmo período do ano passado, houve 13 casos (dois sobre alvejantes e nenhum relativo ao Lysol), ou seja, menos da metade das ocorrências de agora. Nenhum dos casos dos últimos dias levou à morte ou à hospitalização.
Na quinta, o presidente republicano sugeriu que injeções de desinfetante poderiam combater o coronavírus, após a apresentação, pelo subsecretário William Bryan, de um estudo que abordava esses produtos de limpeza.
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Trump disse que, ao ver que "o desinfetante derruba o coronavírus em um minuto", "pode existir uma maneira de fazer algo desse tipo por dentro, com uma injeção, ou quase como uma limpeza".
"Porque, veja bem, ele entra nos pulmões e faz um trabalho tremendo nos pulmões, então seria interessante checar isso. Então, será preciso ver com os médicos, mas soa interessante para mim."
Não há qualquer evidência científica que sustente as sugestões do presidente americano.
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Ele foi duramente criticado pela comunidade científica e por autoridades médicas após fazer essas declarações e, depois, disse que estava sendo sarcástico.