08 de Maio de 2024 • 09:51
O governo da França anunciou nesta sexta-feira (21), um dia após um atirador matar um policial no centro de Paris, que suas forças de segurança foram completamente mobilizadas para o primeiro turno da eleição presidencial, marcado para domingo (23).
"Nada deve poder impedir o processo democrático fundamental do nosso país", disse o primeiro-ministro Bernard Cazeneuve após uma reunião de emergência de seu gabinete.
As autoridades francesas têm tratado o ataque contra as forças de segurança como um ato de "natureza terrorista". O país está em estado de emergência desde novembro de 2015, quando a facção radical EI (Estado Islâmico) coordenou ataques que deixaram 130 mortos na capital francesa.
O atirador que matou um policial e feriu duas pessoas na quinta-feira (20) na Champs-Élysées, uma das regiões icônicas da capital, havia sido detido temporariamente em fevereiro por fazer ameaçar à polícia, informou nesta sexta (21) a agência de notícias "Associated Press".
O atirador foi morto no local. Em seu carro, foram encontrados um rifle e facas. Segundo a agência de notícias "Reuters", a polícia deteve três familiares do suspeito após o ataque.
De acordo com a agência de notícias "France Presse", uma carta em defesa do EI foi encontrado próximo ao corpo do atirador. A milícia reivindicou a autoria do ataque, mas não há confirmação de envolvimento direto dela no incidente.
As autoridades identificaram o atirador como Karim Cheurfi, um cidadão francês de 39 anos com histórico criminal.
Segundo o jornal "Le Figaro", o suspeito já havia sido condenado em 2005 por três tentativas de homicídio, duas delas contra policiais. Ele teria admitido sua conduta durante os recursos.
O presidente François Hollande visitou nesta sexta-feira um policial que ficou ferido no atentado. Hollande desistiu de buscar a reeleição no pleito de domingo devido a sua impopularidade.
Campanha
O ataque no centro de Paris lançou incertezas sobre a corrida presidencial da França, que está em sua reta final.
Da meia-noite de sábado (22) até o encerramento das urnas no domingo, estará proibido fazer campanha ou publicar pesquisas de intenção de voto. O segundo turno da eleição ocorrerá em 7 de maio.
Os principais candidatos à Presidência fizeram declarações sobre o atentado em Paris e cancelaram eventos de campanha que fariam durante o dia.
O centrista Emmanuel Macron, líder nas pesquisas, disse nesta sexta-feira (21) que a França "não deve ceder ao medo" e à "intimidação". "A democracia é mais forte", afirmou.
O conservador François Fillon, que aparece em terceiro lugar nas pesquisas, adotou um tom mais rígido, refletindo seu programa linha-dura para a segurança. "O radicalismo islâmico está ameaçando nossos valores (...) Estamos em guerra, não há alternativa, somos nós ou eles."
Já a ultradireitista Marine Le Pen, conhecida por sua retórica xenófoba e anti-imigração, reagiu ao atentado em Paris pedindo o fechamento das fronteiras do país. "Precisamos de uma Presidência que aja e nos proteja", afirmou.
Pouco depois, o primeiro-ministro Cazeneuve acusou Le Pen de se referir ao ataque para se beneficiar politicamente, "explorando o medo sem ter qualquer vergonha". Ele também disse que não há indícios de relação entre o incidente e a imigração.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta sexta (21) no Twitter que o ataque em Paris irá afetar as eleições. "Mais um ataque terrorista em Paris. O povo da França não vai tolerar mais isso. Terá um grande efeito na eleição presidencial!", escreveu.
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