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Longe do turismo de massa que marcou décadas anteriores, esses destinos chegam ao próximo ano colhendo os frutos de investimentos feitos com planejamento e visão de longo prazo
De Abu Dhabi à Costa Rica, passando por regiões pouco exploradas da África, Ásia, Europa e Américas, esses destinos ganharam protagonismo não por serem novidade absoluta, mas por terem sabido se reinventar / ImageFX
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Após anos de transformações no modo de viajar, 2026 se consolida como o ponto de virada para destinos que apostaram em sustentabilidade, preservação cultural e impacto positivo nas comunidades locais. Longe do turismo de massa que marcou décadas anteriores, cidades, ilhas e regiões ao redor do mundo chegam ao próximo ano colhendo os frutos de investimentos feitos com planejamento e visão de longo prazo.
De Abu Dhabi à Costa Rica, passando por regiões pouco exploradas da África, Ásia, Europa e Américas, esses destinos ganharam protagonismo não por serem novidade absoluta, mas por terem sabido se reinventar.
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Museus aguardados por anos finalmente abriram as portas, trilhas históricas foram recuperadas, parques naturais reforçaram sua proteção e comunidades locais passaram a ocupar papel central na experiência dos visitantes.
Na prática, 2026 não surge como um ano de descobertas repentinas, mas como a consolidação de um novo modelo de turismo — mais consciente, mais distribuído e menos concentrado nos mesmos cartões-postais de sempre. Países que antes enfrentavam barreiras de acesso flexibilizaram vistos, cidades históricas equilibraram preservação e inovação, e regiões naturais transformaram conservação em motor econômico.
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O resultado é um mapa turístico redesenhado, onde viajar significa também apoiar reconstruções, manter tradições vivas e proteger ecossistemas frágeis. Ao olhar para esses destinos, fica claro que o turismo do futuro não nasce do acaso, mas de escolhas feitas ao longo dos últimos anos — escolhas que, agora, colocam esses lugares no centro das atenções em 2026.
Nos Emirados Árabes Unidos, Abu Dhabi vive um ano decisivo para seu ambicioso distrito cultural de Saadiyat. A cidade amplia sua oferta com novos museus, incluindo o maior museu de arte digital do mundo e o aguardado Museu Guggenheim, além da expansão de parques temáticos e projetos inéditos de entretenimento.
Já na Argélia, ruínas romanas preservadas, cidades históricas e o deserto do Saara voltam ao radar dos viajantes após a flexibilização de vistos e investimentos em infraestrutura turística. O país busca alcançar 12 milhões de visitantes por ano até 2030, apostando na proteção do patrimônio cultural.
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Na América do Sul, o Vale de Colchagua, no Chile, desponta como destino para quem busca vinhos premiados, gastronomia de alto nível e turismo rural. Em 2026, a região celebra os 30 anos da Rota do Vinho, reforçando sua posição como um dos principais polos enoturísticos do continente.
A Costa Rica, referência mundial em biodiversidade e conservação ambiental, segue investindo em ecoturismo, áreas protegidas e experiências que combinam aventura, bem-estar e sustentabilidade, consolidando-se como exemplo de turismo responsável.
As Ilhas Cook, na Polinésia, atraem atenção por sua política de preservação ambiental, novas rotas aéreas e experiências de ‘luxo descalço’, enquanto as Ilhas Komodo, na Indonésia, celebram 45 anos de seu parque nacional com novas medidas de proteção aos dragões-de-komodo e aos recifes de coral.
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No Quênia, a região de Samburu aposta em conservação liderada pela comunidade, safáris sem multidões e experiências inovadoras como o astroturismo, permitindo observar o céu equatorial em áreas remotas.
Na Europa, Guimarães, em Portugal, comemora 25 anos como Patrimônio Mundial da Unesco e recebe o título de Capital Verde da Europa, resultado de investimentos em mobilidade elétrica, áreas verdes e requalificação urbana.
Já Oulu, na Finlândia, será uma das Capitais Europeias da Cultura em 2026, com programação artística ao longo de todo o ano, combinando criatividade, natureza ártica e reflexões sobre mudanças climáticas.
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Destinos como Ishikawa, no Japão, convidam visitantes a apoiar a reconstrução após terremotos, enquanto Loreto, no México, aposta em conservação marinha e turismo comunitário. Na Filadélfia, nos Estados Unidos, a celebração dos 250 anos do país movimentará a cidade com eventos culturais, esportivos e artísticos.
Outros destaques incluem Montenegro, com trilhas que cruzam áreas selvagens dos Bálcãs; o litoral do Oregon, referência em turismo acessível e sustentável; Santo Domingo, que se prepara para grandes eventos esportivos; e Phnom Penh, no Camboja, que vive um renascimento urbano impulsionado por infraestrutura moderna e criatividade local.
Em comum, todos os destinos apontam para uma tendência clara: o turismo do futuro valoriza experiências autênticas, respeito ao meio ambiente e benefícios diretos às comunidades locais. Para 2026, a próxima grande viagem pode não estar nos cartões-postais mais óbvios, mas em lugares onde viajar também significa contribuir para preservar histórias, culturas e paisagens únicas.
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