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Maior artrópode terrestre do mundo volta a ser registrado no arquipélago de Andaman e Nicobar, reacendendo alertas e esforços de conservação
Considerado o maior artrópode terrestre do planeta, o caranguejo-dos-coqueiros se destaca pelo tamanho e comportamento únicos / Flickr
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O caranguejo-dos-coqueiros (Birgus latro), uma das criaturas mais impressionantes da natureza, foi reencontrado após mais de um século sem registros em uma região específica do arquipélago de Andaman e Nicobar, no Oceano Índico.
A redescoberta reforça a importância da preservação de seu habitat e reacende o debate sobre sua vulnerabilidade.
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Considerado o maior artrópode terrestre do planeta, o caranguejo-dos-coqueiros se destaca pelo tamanho e comportamento únicos.
Um macho adulto pode alcançar até 1,2 kg e medir cerca de 13 centímetros de corpo, embora sua envergadura total varie bastante devido às proporções irregulares da espécie.
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Além do porte impressionante, o Birgus latro ficou famoso pela força das pinças, capazes de abrir e quebrar cocos — habilidade que lhe rendeu o nome popular.
A espécie é classificada como vulnerável, e sua população vem diminuindo em várias regiões. Entre as principais causas estão a destruição de habitat por desmatamento e expansão urbana; a coleta ilegal para consumo humano; e os impactos de eventos naturais extremos, como tsunamis.
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Um exemplo marcante ocorreu em 2004, quando o tsunami no Oceano Índico devastou áreas costeiras de Andaman e Nicobar, afetando profundamente as populações locais do caranguejo-dos-coqueiros e dificultando a recuperação natural da espécie.
Pesquisas realizadas após o tsunami de 2004 confirmaram a presença da espécie em algumas ilhas do arquipélago.
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O dado mais surpreendente foi o registro em Car Nicobar, onde não havia confirmação científica da existência do Birgus latro há mais de um século.
Esse reencontro raro reforça a necessidade de compreensão detalhada da distribuição atual da espécie, fundamental para orientar ações de conservação eficazes.
O Birgus latro apresenta adaptações que o diferenciam de outros crustáceos:
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Sim. Especialistas afirmam que ações coordenadas podem garantir a sobrevivência da espécie. Entre as medidas mais eficazes estão:
Esses esforços são essenciais não apenas para garantir o futuro do caranguejo-dos-coqueiros, mas também para manter o equilíbrio ecológico das ilhas em que ele vive.