Mundo

Animal gigante reaparece após 100 anos e surpreende pesquisadores em ilha escondida

Maior artrópode terrestre do mundo volta a ser registrado no arquipélago de Andaman e Nicobar, reacendendo alertas e esforços de conservação

Luana Fernandes Domingos

Publicado em 30/11/2025 às 12:00

Compartilhe:

Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Facebook Compartilhe no Twitter Compartilhe por E-mail

Considerado o maior artrópode terrestre do planeta, o caranguejo-dos-coqueiros se destaca pelo tamanho e comportamento únicos / Flickr

Continua depois da publicidade

O caranguejo-dos-coqueiros (Birgus latro), uma das criaturas mais impressionantes da natureza, foi reencontrado após mais de um século sem registros em uma região específica do arquipélago de Andaman e Nicobar, no Oceano Índico.

Faça parte do grupo do Diário no WhatsApp e Telegram.
Mantenha-se bem informado.

A redescoberta reforça a importância da preservação de seu habitat e reacende o debate sobre sua vulnerabilidade.

Continua depois da publicidade

Leia Também

• Gigante dos mares é flagrado no litoral de SP e encanta a população

• O animal mais leal ao homem não é o que você imagina, aponta novo estudo

• Animal exótico de Cuba invade o litoral paulista e já aparece em Peruíbe

Considerado o maior artrópode terrestre do planeta, o caranguejo-dos-coqueiros se destaca pelo tamanho e comportamento únicos.

Um macho adulto pode alcançar até 1,2 kg e medir cerca de 13 centímetros de corpo, embora sua envergadura total varie bastante devido às proporções irregulares da espécie.

Continua depois da publicidade

Veja também: Mamífero mais traficado do planeta corre risco extremo e acende alerta global

Além do porte impressionante, o Birgus latro ficou famoso pela força das pinças, capazes de abrir e quebrar cocos — habilidade que lhe rendeu o nome popular.

Por que o caranguejo-dos-coqueiros está ameaçado

A espécie é classificada como vulnerável, e sua população vem diminuindo em várias regiões. Entre as principais causas estão a destruição de habitat por desmatamento e expansão urbana; a coleta ilegal para consumo humano; e os impactos de eventos naturais extremos, como tsunamis.

Continua depois da publicidade

Um exemplo marcante ocorreu em 2004, quando o tsunami no Oceano Índico devastou áreas costeiras de Andaman e Nicobar, afetando profundamente as populações locais do caranguejo-dos-coqueiros e dificultando a recuperação natural da espécie.

Onde o animal gigante foi reencontrado após 100 anos

Pesquisas realizadas após o tsunami de 2004 confirmaram a presença da espécie em algumas ilhas do arquipélago.

Veja também: Caranguejos do litoral de SP têm até 1.200% mais microplástico que o manguezal

Continua depois da publicidade

O dado mais surpreendente foi o registro em Car Nicobar, onde não havia confirmação científica da existência do Birgus latro há mais de um século.

Esse reencontro raro reforça a necessidade de compreensão detalhada da distribuição atual da espécie, fundamental para orientar ações de conservação eficazes.

Principais características do caranguejo-dos-coqueiros

O Birgus latro apresenta adaptações que o diferenciam de outros crustáceos:

Continua depois da publicidade

  • vive em ambiente terrestre graças a brânquias evoluídas para respirar ar;
  • é capaz de escalar árvores com facilidade;
  • se esconde em fendas e túneis subterrâneos;
  • pode viver até 60 anos;
  • atua como decompositor natural, consumindo matéria vegetal e contribuindo para o equilíbrio dos ecossistemas.

É possível preservar o caranguejo-dos-coqueiros?

Sim. Especialistas afirmam que ações coordenadas podem garantir a sobrevivência da espécie. Entre as medidas mais eficazes estão:

  • proteção e recuperação de habitats costeiros;
  • monitoramento da coleta e criação de áreas de proteção;
  • educação ambiental e participação de comunidades locais;
  • pesquisas científicas contínuas para mapear populações e riscos.

Esses esforços são essenciais não apenas para garantir o futuro do caranguejo-dos-coqueiros, mas também para manter o equilíbrio ecológico das ilhas em que ele vive.

Mais Sugestões

Conteúdos Recomendados

©2025 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software