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Ameaça feroz atravessa o oceano, chega a novo habitat e acende alerta entre especialistas

Os oceanos e ambientes aquáticos do planeta ainda escondem muitos mistérios

Igor de Paiva

Publicado em 22/10/2025 às 21:55

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Cientistas e pescadores confirmam segundo caso no mar japonês. / Centro de Biodiversidade do Japão

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Os oceanos e ambientes aquáticos do planeta ainda escondem muitos mistérios. Dentro desse vasto cenário, pesquisadores têm expressado preocupação com o “Coreano Oyanirami” — uma espécie predadora que, ao sair de seu habitat natural, pode se tornar uma séria ameaça aos ecossistemas.

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Com uma dieta baseada em peixes pequenos e outros organismos aquáticos, o animal já foi identificado pela segunda vez no mar do Japão, segundo cientistas e pescadores locais.

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A explicação é simples: quando uma espécie invasora consegue se adaptar a um novo ambiente, ela tende a se reproduzir rapidamente, colocando em risco tanto os predadores nativos quanto suas presas.

Em regiões como Gunma, no Japão, o avanço do Oyanirami já preocupa as autoridades. O governo local firmou acordos com cooperativas de pesca para monitorar a situação e relatar possíveis novos desaparecimentos de espécies. Nessa missão, os pescadores também atuam como caçadores do invasor, ajudando a conter sua expansão.

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Os impactos, porém, vão muito além da biodiversidade. A presença de espécies exóticas afeta diretamente a economia e a agricultura, pilares fundamentais para qualquer sociedade.

Outra ameaça

Os mares brasileiros também enfrentam um desafio semelhante: o peixe-leão, considerado um dos maiores invasores marinhos do mundo, com potencial para devastar ecossistemas inteiros.

Recentemente, exemplares foram identificados nos canais de Santos, gerando alerta entre especialistas e pescadores.

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A teoria mais aceita sobre sua chegada ao continente americano aponta que um furacão teria destruído uma loja de aquários na Flórida, liberando larvas no mar do Caribe. Com o tempo, elas foram levadas pelas correntes marítimas até alcançar novas regiões, incluindo o litoral do Brasil.

Nos últimos meses, praias brasileiras têm registrado a presença de espécies agressivas. Em um caso recente, uma praia foi infestada por peixes-espadas, e ataques chegaram a ser confirmados.

Reprodução alarmante

Entre os fatores que tornam o peixe-leão tão perigoso está sua impressionante capacidade reprodutiva: a espécie pode liberar cerca de 30 mil ovos por vez, o que acelera de forma exponencial o aumento de sua população.

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Veja também especialistas alertam para peixe que pode conter mais de 70 parasitas e é o 'mais perigo do mundo'.   

Para tentar conter esse avanço, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) tem promovido treinamentos com pesquisadores e pescadores, ensinando técnicas adequadas para capturar e monitorar o animal invasor antes que ele cause danos irreversíveis aos ecossistemas marinhos.

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