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Água do mar potável? Entenda o projeto inédito no Pacífico que pode mudar o futuro

Projeto surpreendente pretende atender 70 mil moradores e produzir 227 milhões de litros de água potável por dia até 2030

Luna Almeida

Publicado em 21/08/2025 às 19:48

Atualizado em 21/08/2025 às 22:00

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A expectativa é que até 2030 o projeto alcance a marca de 227 milhões de litros de água potável por dia / Wirestock

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A Califórnia se prepara para receber o primeiro grande projeto de dessalinização submarina dos Estados Unidos, uma iniciativa que pretende transformar a água do oceano Pacífico em potável. O plano surge em meio a um cenário marcado por secas cada vez mais intensas e pela dificuldade crescente em manter os reservatórios do estado em níveis adequados.

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Com o aumento das temperaturas, a região enfrenta redução no degelo das montanhas, evaporação acelerada, queda no volume do rio Colorado e estiagens mais frequentes.

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Para enfrentar o desafio, a empresa OceanWell lançou o projeto Water Farm 1 (WF1), em parceria com o Las Virgenes Municipal Water District (LVMWD) e outras seis agências de abastecimento da Califórnia.

Como funciona a usina

O sistema será formado por cerca de 60 módulos submersos a 400 metros de profundidade na Baía de Santa Monica, próximo a Malibu. 

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A pressão natural do oceano nessa profundidade será usada para forçar a passagem da água por filtros de osmose reversa, sem necessidade de bombeamento mecânico.

Esses filtros são capazes de reter sal, microplásticos, vírus, bactérias e até os chamados “químicos eternos” (PFAS). Cada módulo poderá gerar até 3,7 milhões de litros de água por dia, com economia de até 40% de energia em comparação às plantas convencionais de dessalinização.

Metas de produção

A expectativa é que até 2030 o projeto alcance a marca de 227 milhões de litros de água potável por dia, o suficiente para abastecer diretamente cerca de 70 mil moradores do oeste do Condado de Los Angeles. Futuramente, a distribuição também deve chegar a cidades mais distantes, como Burbank.

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Próximos passos

Antes da expansão, serão realizados estudos de viabilidade para integrar a usina à rede hídrica já existente. 

Ambientalistas e comunidades locais avaliam os impactos do projeto-piloto, concluído em março de 2025, para que ajustes sejam feitos no desenho final da estrutura.

No caso de Burbank, que não tem ligação direta com o oceano, a estratégia será um sistema de compensação: a cidade financiará parte do fornecimento da água produzida para outros parceiros e, em troca, receberá o recurso redistribuído pela rede do Metropolitan Water District of Southern California (MWD).

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