A decisão visa aumentar a eficiência da reciclagem e o reaproveitamento de materiais, alinhando-se com metas ambientais cada vez mais exigentes na União Europeia. / Freepik
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Na cidade de Gdynia, na Polônia, novas regras de coleta de lixo municipal entraram em vigor em 29 de setembro, marcando o início de uma transformação significativa na forma como os resíduos são descartados, e sinalizando o possível fim do uso de sacos plásticos para lixo doméstico.
Entre as principais mudanças, está a obrigatoriedade de descartar resíduos orgânicos de cozinha diretamente na lixeira marrom, sem o uso de sacolas plásticas. Apenas sacos compostáveis serão aceitos. Itens como restos de comida, laticínios, papel-toalha e outros resíduos biológicos devem ser jogados soltos ou em embalagens biodegradáveis.
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A decisão visa aumentar a eficiência da reciclagem e o reaproveitamento de materiais, alinhando-se com metas ambientais cada vez mais exigentes na União Europeia. A mudança reflete uma preocupação crescente com o excesso de lixo plástico e os impactos ambientais causados por descartes incorretos.
Outra alteração importante é no sistema de coleta de resíduos volumosos (como sofás, colchões, tábuas, carpetes e pufes), que agora só acontece mediante agendamento prévio. Em prédios com até quatro unidades, a coleta será feita a cada quatro semanas. Já em edifícios maiores, será realizada semanalmente, também com aviso antecipado por formulário ou telefone.
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A madeira será coletada separadamente, como parte de um esforço para facilitar o reaproveitamento desse tipo de material.
Além disso, moradores poderão entregar gratuitamente até oito pneus usados por ano, e as cinzas de aquecimento só serão recolhidas sob solicitação, com frequência máxima de oito semanas fora da temporada de inverno. Para facilitar o transporte, os recipientes de cinzas precisarão ter rodas.
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Com as novas regras, quem não separar corretamente os resíduos pode pagar taxas extras. Os valores da coleta de lixo também estão sendo reajustados, com um aumento médio de 19% nas tarifas, de acordo com o tamanho do imóvel.
Embora o Brasil ainda esteja distante de um sistema tão rigoroso, a tendência global de reduzir o uso de plásticos descartáveis e melhorar a reciclagem está ganhando força também por aqui. Já existem iniciativas locais, principalmente em cidades maiores, que incentivam o uso de sacos compostáveis, coleta seletiva porta a porta e educação ambiental sobre separação de resíduos.
Se seguir os passos de cidades europeias como Gdynia, o Brasil pode, nos próximos anos, ver o fim dos sacos de lixo convencionais e a chegada de sistemas de descarte mais sustentáveis, que exigem maior participação da população, mas trazem benefícios claros para o meio ambiente.
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