Mongaguá
A nova gestão enfrenta a desorganização crítica e o passivo financeiro, prioriza a transparência, reestrutura serviços essenciais e promete um ciclo de modernização
Cristina Wiazowski quer que os moradores sintam orgulho de morar em Mongaguá / Nair Bueno/DL
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Seis meses após assumir a administração municipal em um cenário de calamidade financeira e desorganização administrativa, a Prefeita de Mongaguá, Cristina Wiazowski, apresentou o balanço de um período que ela define como de "reconstrução" da cidade da Baixada Santista.
Em entrevista ao Diário do Litoral, a chefe do executivo detalhou o estado crítico em que encontrou a máquina pública, as medidas emergenciais adotadas para reestruturar a Saúde, Educação e Mobilidade, e o rígido caminho jurídico de responsabilização dos atos irregulares do passado.
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“Estou entregando um município em reorganização, com prioridade na retomada dos serviços essenciais, na transparência e na responsabilidade fiscal”, antecipou Cristina, detalhando quais tópicos são a prioridade de sua gestão.
Cristina comentou que seu maior desafio ao longo deste semestre foi o cenário interno encontrado em meados de julho, quando se deparou com um quadro desolador e que exigiu uma intervenção imediata para reestabelecer o funcionamento básico da cidade.
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Esta desorganização administrativa tornou-se um obstáculo transversal que afetou todos os setores. A recuperação financeira demandou um recente Decreto de Calamidade para permitir o replanejamento de Mongaguá, algo que contou com a busca por parcerias com outras esferas do Governo.
“Precisei replanejar gastos, renegociar contratos e priorizar áreas essenciais. A reorganização tem sido decisiva para retomar o equilíbrio e garantir que a administração funcione com responsabilidade,” afirmou Cristina.
Os setores de Saúde e Educação, pilares dos serviços públicos, foram os mais afetados pela desorganização deixada pelos dirigentes anteriores. Em ambos os casos, a gestão de Cristina encontrou contratos comprometidos e falta de planejamento financeiro.
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Na Saúde, o desafio envolvia desde a falta de insumos básicos, falta de profissionais e até a precarização do atendimento público. A resposta imediata da Prefeitura foi a reorganização da rede para garantir o acesso digno aos munícipes e reduzir as filas ambulatoriais com plantões na madrugada: "Estou redesenhando processos para que a população tenha atendimento mais ágil e humanizado".
Já as escolas estavam com manutenção atrasada, problemas nos contratos de transporte e alimentação, além de dificuldades no quadro de apoio. Estes cenários exigiram ações de emergência da atual gestão, que se compromete a fornecer um apoio extra no planejamento inicial de 2026.
Além das anteriores, a Mobilidade Urbana também apresentou um cenário crítico centrado no transporte público coletivo, algo que exigiu um olhar atento para reorganizar o contrato e evitar a paralisação do serviço. A Prefeitura ainda iniciou "ações de revitalização viária e ajustes emergenciais na malha urbana para melhorar a fluidez e a segurança" de passageiros.
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A crise revelou um grave passivo deixado pela administração anterior, no qual o município já havia sido condenado a pagar uma multa milionária a uma empresa de transporte por conta de negligência. A resposta da atual gestão de Cristina Wiazowski é a judicialização "para que os agentes causadores do dano ao erário" sejam responsabilizados.
"A Procuradoria Geral do Município está ingressando com ações civis públicas para responsabilizar quem deu causa aos erros administrativos. Nosso compromisso é garantir que cada ato seja analisado e que os responsáveis respondam dentro da lei, protegendo o patrimônio público".
Questionada sobre os desafios enfrentados na Área Social, Cristina descreveu a fragilidade nos programas de atendimento e suporte às famílias mais vulneráveis, uma prioridade inegociável do governo que exigiu reforço operacional. A Prefeitura ampliou equipes, ações emergenciais e reorganizou fluxos para garanir que os serviços continuem funcionando.
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Paralelamente, o governo começou a alinhar às demandas turísticas, reconhecendo a identidade primordial de Mongaguá. Para os próximos anos, o objetivo da gestão municipal de Cristina será consolidar um turismo mais estruturado, sustentável e integrado.
Ao avaliar o trabalho, a Prefeita se mostrou ciente da necessidade de perseverança para combater os desafios deixados pela gestão municipal anterior. "Avalio como um período de reconstrução, [do qual] ainda há muito a fazer", ponderou ela.
A perspectiva para o futuro próximo é de colheita dos frutos da reestruturação com a consolidação administrativa, o que abrirá caminho para entregas estruturais para a cidade de Mongaguá. "Com a casa em ordem, vou avançar em obras, melhorias na rede de serviços e programas de desenvolvimento social e econômico. O foco é eficiência, planejamento e modernização", prometeu a Prefeita.
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Por fim, Cristina Wiazowski declarou que a recompensa da cidade em mais um aniversário de emancipação, que ocorre neste domingo (7), será a retomada da credibilidade: "Meu presente é devolver à população a confiança no poder público e iniciar um novo ciclo de planejamento, eficiência e cuidado com a cidade", ela completou.