Mongaguá

Prefeitura de Mongaguá pede doação da área da linha férrea à União

A gestão municipal aponta situação de abandono e falta de serviços de zeladoria, como cortes de grama e limpeza local

Giovanna Camiotto

Publicado em 11/10/2025 às 16:20

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Mongaguá pretende criar projetos de infraestrutura e zeladoria para a ferrovia / Divulgação/PMM

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A Prefeitura de Mongaguá deve solicitar à União a doação da área de 13 km que abriga o trecho inoperante do ramal Santos-Cajati, atualmente pertencente ao Governo Federal e concedida à empresa férrea Rumo Logística. 

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O pedido foi um dos temas da reunião entre prefeitos do litoral sul e o superintendente regional do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), Miguel Calderano Giacomini. O deputado federal Fernando Marangoni também participou do encontro, que ocorreu na quinta-feira (9), em São Paulo.

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“Mesmo notificada, há anos a empresa não realiza serviços de zeladoria, deixando mato alto, sujeira, buracos no solo e a ponte sobre o Rio Mongaguá abandonada, depreciando os ambientes e gerando insegurança. Nítida mostra de que não há intenção de se utilizar do trecho", comentou a prefeita Cristina Wiazowski.

"As intervenções acabam na agenda de trabalho das equipes da Prefeitura. Sendo assim, nada mais justo do que tomarmos conta da área definitivamente, o que nos possibilita, além de cuidar, planejar uma vida útil para essas áreas com projetos de infraestrutura, segurança, recreação e outros, pois são 13 km”.

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Ao analisar parte do mapa atual da ferrovia, que corta a região central da cidade por 4 km, é possível identificar trechos ocupados por moradias e comércios de forma desordenada, além de áreas com vegetação, muros e córregos sem manutenção. O secretário de Governo diz que o local precisa ser valorizado.

“A cidade está se desenvolvendo e tem que pensar no futuro. Essa área integra o processo natural de expansão urbana e demanda locais de estacionamento, por exemplo, para favorecer moradores, turistas e comerciantes”, afirmou Paulo Wiazowski Filho.

O trecho da ferrovia, considerado “antieconômico”, tem concessão à empresa Rumo Logística prevista até 2028. Caso não haja interesse em renovação — evidenciado pela falta de manutenção e investimentos —, as áreas retornam ao patrimônio da União, sob gestão do DNIT, que decidirá sobre os próximos passos. 

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Segundo técnicos do órgão, não há nenhuma iniciativa prevista, algo que abre caminho para a transferência da tutela dos 13 km para a gestão municipal.

Após o encontro, Cristina e sua equipe se reuniram com técnicos da Prefeitura para organizar a documentação necessária e acionar formalmente os órgãos envolvidos, agilizando os procedimentos para concretizar a transferência. 

A gestão municipal ressalta que, com a posse da área, será possível planejar melhor as intervenções urbanas, especialmente em um momento de concessão da Rodovia Padre Manuel da Nóbrega e expansão de redes pela Neoenergia.

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Além deles, o evento também teve participação dos prefeitos Thiago Cervantes (Itanhaém), Felipe Bernardo (Peruíbe) e Carlos Rocha Ribeiro (Itariri), além do coordenador de Administração e Finanças do DNIT, Artur Felipe Taveira.

Materiais educativos

Ainda na reunião, a prefeita recebeu o kit de materiais do programa “Conexão DNIT”, voltado à educação no trânsito nas escolas de Ensino Fundamental. O conteúdo será incorporado às ações já desenvolvidas pela Rede Municipal de Educação, sem custos adicionais. A documentação segue agora para análise do corpo jurídico da Prefeitura, para formalização da adesão.

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