O relatório será encaminhado à Câmara Municipal, ao Tribunal de Contas e ao Ministério Público Estadual / Divulgação/PMM
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A Comissão Interna de Auditoria apresentou, na manhã de terça-feira (21), na prefeitura de Mongaguá, o relatório final sobre a situação administrativa e financeira referentes aos atos administrativos praticados pela gestão interina, no período de 1º de janeiro a 11 de julho de 2025 e pela última gestão do governo, no período de 2021 a 2024.
O resultado do levantamento aponta uma dívida no valor de R$ 200 milhões reais. Além da dívida, o município possui um déficit financeiro no valor de R$ 80 milhões.
No setor de transportes, o contrato firmado em 2019 previa revisão tarifária, que não foi realizada. A Justiça reconheceu um desequilíbrio econômico-financeiro de R$ 6, 1 milhões até fevereiro de 2021. A atual gestão publicou decreto, em 7 de outubro deste ano, para corrigir a defasagem e melhorar as condições de serviço.
Nesta segunda-feira (20), sobre esse contrato, a prefeitura entrou com a 1ª Ação Civil Pública por Ato de Improbidade
Administrativa, referente ao transporte público, com pedido de indisponibilidade de bens com a devida responsabilização do ex-prefeito Márcio Melo Gomes, dado o desequilíbrio econômico durante o seu mandato.
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A prefeitura continua com o decreto de calamidade administrativa e institucional, instituindo o regime de Contingenciamento de Gastos e o Programa de Liquidação de Dívidas (PLD), que deverá permanecer até dembro deste ano. A prefeita Cristina Wiazowski assinou o decreto em 22 de julho de 2025.
As contas dos exercícios de 2021, 2022 e 2023 receberam parecer desfavorável do TCE-SP. As de 2024 ainda estão sob análise. Mesmo com o parecer contrário do TCE-SP a Câmara Municipal aprovou as contas de 2021, contrariando o órgão fiscalizador.
Paulo Wiazowski afirmou ainda que todos os prédios públicos estão em estado de abandono. Entre eles o Ginásio de Esportes Arturzão, o Ginásio da Vila Atlântica, o Centro de Tradições Nordestinas, as quadras de esportes, as escolas e outros, causando prejuízos aos funcionários e à população.
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O secretário de Governo garante que a atual gestão vai conseguir arcar com o pagamento do 13º salário ao funcionalismo municipal.
“O decreto do contingenciamento vai permitir uma economia para que se forme um caixa e, ao mesmo tempo, a cobrança de receitas que não estavam sendo feitas para resgatar o fluxo de caixa perdido”, frisa.
Diz ainda que caso essas medidas não sejam suficientes, a prefeitura deve recorrer aos empréstimos bancários para garantir o pagamento do 13º salário aos funcionários públicos municipais.