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Litoral Norte

Secretários pedem abertura de mais leitos no Hospital Regional do Litoral Norte

Luta agora é para funcionamento da UTI Pediátrica e Unidade de Oncologia

Mara Cirino

Publicado em 26/08/2020 às 15:55

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Hospital Regional funciona desde abril, mas atualmente só para casos de Covid-19 / Divulgação/PMC

Os secretários de Saúde das quatro cidades do Litoral Norte cobram do governo do Estado a ampliação dos leitos do Hospital Regional (HRLN) com a abertura da prometida UTI Pediátrica e o início dos serviços da Unidade de Oncologia.

Desde abril passado, o HRLN tem funcionado com 30 leitos para atendimento exclusivo de pacientes com a Covid-19, doença transmitida pelo novo coronavírus.

A preocupação das administrações é que a mudança de status da região para a fase amarela pode aumentar a circulação de pessoas, o que pode contribuir para a disseminação do novo coronavírus e a preocupação não apenas com os chamados grupos de risco, ou seja, também com as crianças e adolescentes.

Isso porque a UTI Pediátrica de referência ficava em São José dos Campo, no Vale do Paraíba, mas a baixa frequência de pacientes fez com que o Estado retirasse essa ala do Hospital Regional da cidade.

“Entendemos que com esse quadro, é fundamental a necessidade de se ter uma UTI Pediátrica para atendimento de pacientes de Caraguatatuba, Ubatuba, São Sebastião e Ilhabela”, disse Amauri Toledo, secretário de Saúde de Caraguatatuba.

O Instituto Sócrates Guanaes é responsável pela administração do Hospital Regional. O investimento do governo do Estado foi na ordem de R$ 188 milhões. Ele tem como estrutura uma área construída de mais de 7 mil m², com seis pavimentos e um terreno de mais de 28 mil m², conta com nove salas de cirurgia e 220 leitos – 186 leitos operacionais distribuídos em 48 de clínica médica, 48 de clínica cirúrgica, 25 de ortopedia e traumatologia, 25 de neurocirurgia e 40 leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), além de 16 leitos de Day Clinic e 20 leitos de Pronto-Socorro.

Oncologia


Os secretários também pedem a abertura imediata do Serviço de Oncologia do Hospital Regional do Litoral Norte para que pacientes das quatro cidades não precisem viajar para outros centros de referência em busca de atendimento.

Os secretários observam que foi considerado em instâncias colegiadas oficiais (com representantes dos municípios da Região e Gestor Estadual) que a implantação do Hospital Regional do Litoral Norte seria gradual, porém, com início imediato do Serviço de Oncologia.

Inclusive, consta no Portal da Transparência da Secretaria Estadual de Saúde que no período de janeiro a julho foi repassado a Organização Social cerca de R$ 28,4 milhões, mas o Hospital Regional continua funcionando com apenas os 30 leitos voltados para a Covid-19.

Os pedidos foram encaminhados para a diretora da Diretoria Regional de Saúde (DRS XVII – Taubaté), Nádia Maria Magalhães Meirelles.

O investimento na Unidade de Oncologia construída ao lado do Hospital Regional do Litoral Norte é da ordem de R$ 13 milhões.

“Entendemos ser de vital importância para a região essa unidade, pois os pacientes precisam se deslocar para distâncias longas. É desumano o deslocamento dos pacientes que já sofrem com a doença”, afirma o prefeito de Caraguatatuba, Aguilar Junior, que tem cobrando a implantação da unidade desde que assumiu.

Hoje a referência do Litoral Norte é o Hospital São Francisco de Assis, em Jacareí, porém há casos de tratamentos que são feitos em cidades distantes 800 km, como Barretos.

De acordo com dados da Secretaria de Saúde, atualmente 62 pacientes de Caraguatatuba são encaminhados para outros municípios como Jacareí, Taubaté, Campinas, Guaratinguetá, Barretos e São Paulo para tratamentos de Quimioterapia e Radioterapia. São 51 que realizam quimioterapia e outros 11 que precisam de radioterapia.

Quando da construção da unidade, o médico da Secretaria Estadual da Saúde, Nelson Yatsuda, chegou a ressaltar que o início do atendimento no local faria toda a diferença para a região. “A partir do funcionamento efetivo do hospital, moradores do Litoral Norte terão menos desgaste no seu deslocamento. Em especial, pacientes oncológicos que terão aqui serviços de quimioterapia e cirurgias”.

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