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Julia Rosemberg estava acostumada a caminhar no local / DIVULGAÇÃO

A Polícia Civil de São Sebastião intensificou as buscas pelo assassino da estudante de Medicina Veterinária, Julia Rosenberg, 21 anos, morta no último domingo (5) quando fazia caminhada em um trilha que liga as praias de Paúba e Maresias, na Costa Sul da cidade, no Litoral Norte paulista.

A suspeita da polícia é que tenha ocorrido um latrocínio (roubo seguido de morte) porque o celular, o tênis e uma pochete da vítima não foram localizados.

O delegado responsável pelo cado, Alexandre Bertollini, do 2º Distrito Policial, em Boiçucanga, informou que "neste momento, não podemos divulgar nenhuma informação para não atrapalhar as investigações".

A Polícia requisitou imagens de câmeras de segurança das imediações para tentar identificar o agressor.

A jovem foi encontrada amarrada, asfixiada e enterrado no mato próximo à trilha onde havia saído para caminhar por volta das 6h57 de domingo. Uma câmera de segurança mostrou ela retornando de Maresias. Esta teria sido a última imagem dela viva. Às 8h24 seu celular foi registrado no centrinho de Maresias.

Choque

A comunidade de Paúba, onde a vítima passava a quarentena contra a Covid-19 com os pais está em choque.

A ambulante Maria Aparecida de Mattos conta que conhecia a estudante desde criança. "Estou chocada. Ela sempre vinha na minha barraca conversar com a gente", lembra.

Moradora na comunidade até então considerada bucólica, um reduto para pescadores caiçaras, Cida conta que a trilha sempre foi usada por moradores e turistas que querem se deslocar entre os bairros ou caminhar.

"Agora o sossego acabou", diz ela que acredita que a tranquilidade do local nunca mais será a mesma. "Já ouvi comentários de que podem instalar câmeras de monitoramento no bairro".

Acostumado no combate aos crimes ocorridos na Costa Sul de São Sebastião, o chefe dos investigadores da Delegacia de Boiçucanga, Ricardo Marques, usou suas redes sociais para demonstrar sua indignação.

"Uma cena muito triste e marcante, no meu caso, mesmo após anos de atividade policial, a imagem me deixou indignado pelo emprego que foi utilizado no assassinato desta jovem, que só queria viver", escreveu e complementou: "peço de joelhos a Deus que me dê sabedoria e aos meus policiais para descobrirmos esse maldito assassino que fez essa crueldade e destruiu uma família".

A Polícia Civil pede que caso alguém tenha alguma informação sobre o caso que entre em contato pelo telefone (12) 3865.1163 ou pelo Disque Denúncia 181 que o sigilo será mantido.

Manifesto
A crueldade da morte da jovem estudante fez um grupo de mulheres criar um manifesto a ser realizado no próximo sábado (11), das 9h às 13h. "Infelizmente, perdemos mais uma vida. Mais uma mulher foi vítima da violência que assola nosso país. Júlia é a mais nova vítima do machismo", disse uma das organizadores do ato, Camila Aquino.

No dia, serão realizadas oficina de cartazes. homenagem à Julia e repúdio à violência contra a mulher. O grupo pede que quem puder ir use máscara durante todo o ato.

 

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