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Tamanduá-Mirim é resgatado e levado para o Parque Estadual / Divulgação/Polícia Ambiental

Dois animais silvestres foram resgatados neste final de semana quando se escondiam em duas casas localizadas em Caraguatatuba, no Litoral Norte paulista. Os responsáveis acionaram policiais ambientais porque eles travam acusados. Em um dos casos havia oito filhotes de gambá.

O primeiro resgate foi no domingo (13) em uma residência que fica no bairro Massaguaçu, região norte da cidade. O policiamento encontrou um tamanduá-mirim adulto que estava acuado no quintal pelo cachorro da casa.

Utilizando técnicas de manejo e contenção de animais silvestres os policiais ambientais conseguiram resgatar o animal e levá-lo para seu habitat natural no interior do Parque Serra do Mar de Caraguatatuba.

Segundo a Ambiental, o tamanduá-mirim é frequentemente ameaçado por outras ações do homem, direta ou indiretamente, como os atropelamentos em rodovias próximas ao seu ambiente natural e ao frequente ataque de cães domesticados.

“O grande problema é que, em função de seus baixos níveis metabólicos, o tamanduá-mirim tem longos períodos de gestação que duram cerca de 130 a 150 dias e um número reduzidos de crias, daí a preocupação constante com o seu bem estar”, explica a Ambiental.

Esses animais comem formigas e cupins que são localizados pelo seu odor. O focinho comprido do tamanduá, além de servir para ele conseguir alcançar seu alimento nos buracos, também serve para farejar seu alimento. Eles também gostam de mel e das próprias abelhas.

Em função de seus hábitos noturnos, dificilmente é visto de dia. São indivíduos essencialmente solitários, que só encontram um par na época do acasalamento.

Gambá e seus filhotes

O segundo resgate foi nesta segunda-feira (14), desta no bairro Martim de Sá, região central da cidade, onde estava uma família de gambás, a mãe e oito filhotes. Os policiais foram acionados porque a família se encontrava no quintal de um condomínio com risco de sofrer ataque de outros animais. Eles também foram resgatados e devolvidos ao habitat natural.

Conforme a Ambiental, gambás não oferecem risco algum aos seres humanos, sendo que muitos confundem os gambás brasileiros com a espécie norte-americana ou as jaritacacas: aquelas pretas que têm uma faixa branca nas costas. “Mas, ao contrário delas, os nossos gambás não erguem o rabo para esguichar o tão temido "fedorzinho", explica o policiamento.

Gambás são marsupiais, ou seja, as fêmeas carregam seus filhotes até que eles atinjam tamanho e maturidade adequados para serem independentes – assim como os coalas e cangurus.

Sua reprodução é sazonal, ocorre entre os meses de setembro e dezembro. Cada reprodução gera, em média, seis filhotes, mas esse número pode variar entre 12 e 14 indivíduos e os filhotes ficam dentro de uma bolsa por 46 dias. Após 60 dias os filhotes saem do marsúpio e ficam agarrados às costas da mãe.

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