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Itanhaém

Moradores reivindicam serviços municipais no Jardim Jamaica

Falta de pavimentação nas ruas, de saneamento básico, de iluminação e o mato alto são problemas no bairro

Nayara Martins

Publicado em 14/06/2021 às 07:18

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Prefeitura informou que tem projeto para a pavimentação do bairro, mas depende de recursos financeiros para efetuá-lo. / Nair Bueno/Diário do Litoral

Moradores do Jardim Jamaica, em Itanhaém, estão cansados de cobrar por serviços de infraestrutura no bairro à prefeitura. Falta de pavimentação nas ruas, de saneamento básico, de iluminação pública e mato alto são os principais problemas apontados pela população nas ruas do bairro.

Desde 2018 eles pedem à Administração para realizar os serviços de infraestrutura no local.

A reportagem do Diário do Litoral esteve no bairro, no último dia 5, para ouvir os moradores e constatar as dificuldades.

A aposentada Marlene Lacerda, de 57 anos, moradora há três anos na rua Milton Martins Poitena, explica que todos convivem com os mesmos problemas.

"As pessoas que precisam sair para ir trabalhar têm que levar dois calçados - um para enfrentar a lama e outro pra chegar no trabalho. As crianças não podem ir à escola em dias de chuva, já que as peruas escolares não passam pelas vias", salienta.

Diz ainda que os problemas mais sérios acontecem da linha férrea no sentido rodovia. "Decidimos nos unir para poder cobrar as melhorias à prefeitura e aos vereadores do município".

Outro problema ocorre quanto à iluminação pública em alguns postes. "Ao queimar uma lâmpada é uma burocracia para instalar outra. Temos que fazer um ofício à prefeitura para eles pedirem à Elektro."

Há ainda o mato alto e as valas com água parada, onde aparecem bichos como ratos e escorpiões, além do risco de proliferação do mosquito da dengue. Na rua Manoel Alves de Oliveira a situação não é diferente. Os moradores tiveram que colocar alguns bloquetes na via para garantir o acesso à própria casa.

O morador Júlio de Oliveira, há seis anos no bairro, diz que quando chove as ruas ficam intransitáveis. "Temos problemas sérios, pois há muitos idosos e, quando eles precisam de uma ambulância o veículo atola e nem as viaturas policiais passam aqui. As casas têm fossas por falta da rede de esgoto, isso porque todos os lotes são legalizados", explica.

O aposentado Leonel Roberto, que mora na rua Milton Poitena, lembra que paga um valor alto de R$ 1.200,00 de Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e não há melhorias.

A mesma opinião tem o técnico de manutenção Marcos Antônio de Lima, morador na mesma rua. "O bairro tem muitas casas novas e todos pagam o seu imposto, porém não contamos com os serviços básicos de infraestrutura urbana, sendo uma falta de respeito com os moradores", frisa.

PREFEITURA

A Prefeitura de Itanhaém informou que tem projeto para a pavimentação de todo o bairro, mas depende de recursos financeiros para efetuar o serviço. E que as equipes da Secretaria de Serviços e Urbanização já vistoriaram o local e a previsão é de que, em 30 dias, sejam realizados os serviços de zeladoria.

Quanto ao mato alto nos terrenos particulares, a Secretaria de Obras e Desenvolvimento Urbano diz que irá intimar os proprietários para efetuarem a limpeza. Sobre o restante, a Secretaria de Serviços e Urbanização deve efetuar serviços.

Diz ainda que ficou algum tempo sem uma empresa de iluminação pública porque estava em processo licitatório. Após o fim da licitação e o contrato da nova empresa homologado, diz que a secretaria deve executar as demandas reprimidas e resolver os problemas do bairro.

Já a Sabesp esclareceu que parte do bairro já é atendida pelo sistema de coleta e tratamento de esgoto, mas que já estão previstas obras que beneficiarão áreas ainda não contempladas, no programa Onda Limpa.

A companhia explicou ainda que as ações cumprem o cronograma estabelecido em plano de investimento do contrato firmado junto à prefeitura.

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