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Itanhaém

Moradora de Jundiaí reencontra pai após ele percorrer 170 quilômetros a pé até Itanhaém

Severino percorreu a pé o percurso de cerca de 170 quilômetros e foi encontrado na região do Gaivota

Da Reportagem

Publicado em 03/05/2021 às 10:45

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Em contato por telefone, Laura informou que já havia morado em Itanhaém e foi morar em Jundiaí com parentes, o pai mora com ela na cidade. Severino percorreu cerca de 170 quilômetros a pé até Itanhaém / Divulgação / Prefeitura Municipal de Itanhaém

Neste sábado (1º) um reencontro emocionante. Um homem de 55 anos, chamado Severino, foi encontrado pela filha Laura Cristina, depois de haver desaparecido em 6 de abril. Ela e amigos vieram na noite de sexta-feira (30) de Jundiaí, no interior do Estado, para buscar seu pai.

O reencontro foi possível depois que técnicos de abordagem de rua do município, uma equipe treinada para essa abordagem social, encontrou Severino na região do Gaivota. Como ele está em situação de rua, foi encaminhado para o Centro de Referência para Pessoas em Situação de Rua – Centro Pop, ligado à Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social.

Durante a abordagem e atendimento, a assistente social verificou em seus pertences um pequeno caderno com anotações de um neto, incluindo um telefone antigo da filha. Foi então que encontrou uma foto dele e da filha Laura Cristina, suja e amassada. “Com essas informações comecei uma busca ativa para a localização da família. Foi extremamente emocionante”, ressalta Maria Janete Andrade, ou simplesmente Mari, Assistente Social do Centro Pop.

Em contato por telefone, Laura informou que já havia morado em Itanhaém e foi morar em Jundiaí com parentes, o pai mora com ela na cidade. Severino percorreu cerca de 170 quilômetros a pé até Itanhaém.

Ele estava abrigado na casa de acolhimento institucional, Projeto Phoenix, nome fantasia da organização Vida Livre, uma OSC.

A filha procurou todas as emissoras de televisão da região quando ele desapareceu, mas sem sucesso. “Eu tinha certeza que Deus ia ajudar a encontrar meu pai. Quando a assistente social me achou, nem esperei vim correndo”, afirma.

Laura relatou também que ele já havia saído antes, mas nunca por tanto tempo. “Ele sempre desaparece por 2 ou 3 dias, mas volta rápido”.

Severino é jardineiro e ficou muito feliz com o reencontro, “Prometo que não vou fazer de novo. Só quero trabalhar”, disse. Ele também agradeceu a acolhida.

ACOLHIMENTO.
O Projeto Phoenix tem capacidade para 25 pessoas em situação de rua. A porta de entrada para o acolhimento é o CENTRO POP, que fornece cerca de 40 refeições 2 vezes ao dia.

O município tem hoje cerca de 50 pessoas em situação de rua que são monitorados e assistidos.

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