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Itanhaém

Itanhaém: Moradores cobram obra atrasada no canal da Avenida São Paulo

Canal extravasor deveria ter sido entregue no segundo semestre do ano passado, mas ainda não saiu do papel

Nayara Martins

Publicado em 24/08/2020 às 07:00

Atualizado em 24/08/2020 às 12:28

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O canal é apontado como uma medida efetiva para solucionar as constantes enchentes na região dos bairros Belas Artes e Cibratel / NAIR BUENO/DIÁRIO DO LITORAL

Moradores da Avenida São Paulo aguardam a realização da obra do canal extravasor, no bairro Cibratel I, em Itanhaém. Apesar de ter sido prometida pela prefeitura para ser concluída no segundo semestre do ano passado, a obra ainda nem saiu do papel. O canal é apontado como uma medida efetiva para solucionar as constantes enchentes na região dos bairros Belas Artes e Cibratel.

Um dos que está bastante preocupado é o comerciante Joel Oliveira, que possui comércio na Avenida São Paulo há 13 anos. "Soube que a Prefeitura já tinha uma verba destinada para essa obra e só faltava concluir a licitação para iniciar a construção do canal, mas até agora nada", destaca.

Diz ainda que com as constantes chuvas as águas invadem as casas dos moradores. "E se a prefeitura não faz a limpeza do Rio do Poço, os alagamentos são bem piores na avenida, pois não há vazão para o escoamento das águas do rio". O comerciante acredita que o canal possa solucionar o problema, mas espera que a obra ocorra antes do período das chuvas.

Outra moradora que também espera pela obra do canal é a enfermeira Neide Amaral, há dois anos na avenida São Paulo. "Desde a época em que construímos nossa casa, enfrentamos esse problema com os alagamentos, além dessa água com mau cheiro que corre o ano inteiro, em frente à residência na via", desabafa.

O Diário do Litoral já havia publicado matéria sobre o mesmo assunto no dia 9 de novembro do ano passado.

HISTÓRICO.
No mês de junho de 2019, o prefeito de Itanhaém Marco Aurélio Gomes (PSDB) havia anunciado que o primeiro local a ser construído o canal seria na avenida São Paulo, por receber as águas das chuvas acumuladas vindas dos bairros Belas Artes, Jardim Corumbá, Cibratel I e II, o que acaba provocando as cheias no Rio do Poço.

O investimento para a obra é de cerca de R$ 10 milhões, com verba obtida por meio de um financiamento junto à Caixa Econômica

FEDERAL.
A extensão total do primeiro canal na avenida São Paulo, será de cerca de um quilômetro e contará com seis aduelas de concreto, com 11 metros de largura cada. Por meio dessas aduelas que sairão do Rio do Poço com a avenida e mais seis comportas, é que as águas pluviais serão levadas ao mar.

No projeto técnico da prefeitura estão previstos a construção de mais quatro canais extravasores nas avenidas Tamoios (Balneário Tupy), Europa (Santa Júlia), Julinha (Jardim Regina) e Brasil (Cibratel 2), além da avenida São Paulo, no sentido do bairro Gaivota, no município.

A Prefeitura quer ainda a reconstrução de uma nova ponte sobre o Rio do Poço, na Rua dos Fundadores, no bairro Belas Artes, para dar mais vazão às aguas. Mas a obra também não foi iniciada.

OUTRO LADO.

A Administração Municipal informou que o projeto do canal extravasor da Avenida São Paulo está em ajuste técnico e, no momento, aguarda a manifestação sobre a liberação da licença ambiental por parte da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb).

Em relação à ponte na Rua dos Fundadores, sobre o Rio do Poço, o contrato está firmado, entretanto, por ser uma obra de quatro meses de duração e que irá bloquear a via, a prefeitura decidiu, após conversas com os comerciantes locais, iniciar as obras somente após a temporada de verão.

Sobre o mato no Rio do Poço, ressaltou que há um cronograma de zeladoria em curso que cumpre serviços de limpeza por toda a cidade. Os serviços de limpeza na região estão previstos para o início da segunda quinzena do mês de setembro e o término em 15 de novembro. 

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