O canal é apontado como uma medida efetiva para solucionar as constantes enchentes na região dos bairros Belas Artes e Cibratel / NAIR BUENO/DIÁRIO DO LITORAL
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Moradores da Avenida São Paulo aguardam a realização da obra do canal extravasor, no bairro Cibratel I, em Itanhaém. Apesar de ter sido prometida pela prefeitura para ser concluída no segundo semestre do ano passado, a obra ainda nem saiu do papel. O canal é apontado como uma medida efetiva para solucionar as constantes enchentes na região dos bairros Belas Artes e Cibratel.
Um dos que está bastante preocupado é o comerciante Joel Oliveira, que possui comércio na Avenida São Paulo há 13 anos. "Soube que a Prefeitura já tinha uma verba destinada para essa obra e só faltava concluir a licitação para iniciar a construção do canal, mas até agora nada", destaca.
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Diz ainda que com as constantes chuvas as águas invadem as casas dos moradores. "E se a prefeitura não faz a limpeza do Rio do Poço, os alagamentos são bem piores na avenida, pois não há vazão para o escoamento das águas do rio". O comerciante acredita que o canal possa solucionar o problema, mas espera que a obra ocorra antes do período das chuvas.
Outra moradora que também espera pela obra do canal é a enfermeira Neide Amaral, há dois anos na avenida São Paulo. "Desde a época em que construímos nossa casa, enfrentamos esse problema com os alagamentos, além dessa água com mau cheiro que corre o ano inteiro, em frente à residência na via", desabafa.
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O Diário do Litoral já havia publicado matéria sobre o mesmo assunto no dia 9 de novembro do ano passado.
HISTÓRICO.
No mês de junho de 2019, o prefeito de Itanhaém Marco Aurélio Gomes (PSDB) havia anunciado que o primeiro local a ser construído o canal seria na avenida São Paulo, por receber as águas das chuvas acumuladas vindas dos bairros Belas Artes, Jardim Corumbá, Cibratel I e II, o que acaba provocando as cheias no Rio do Poço.
O investimento para a obra é de cerca de R$ 10 milhões, com verba obtida por meio de um financiamento junto à Caixa Econômica
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FEDERAL.
A extensão total do primeiro canal na avenida São Paulo, será de cerca de um quilômetro e contará com seis aduelas de concreto, com 11 metros de largura cada. Por meio dessas aduelas que sairão do Rio do Poço com a avenida e mais seis comportas, é que as águas pluviais serão levadas ao mar.
No projeto técnico da prefeitura estão previstos a construção de mais quatro canais extravasores nas avenidas Tamoios (Balneário Tupy), Europa (Santa Júlia), Julinha (Jardim Regina) e Brasil (Cibratel 2), além da avenida São Paulo, no sentido do bairro Gaivota, no município.
A Prefeitura quer ainda a reconstrução de uma nova ponte sobre o Rio do Poço, na Rua dos Fundadores, no bairro Belas Artes, para dar mais vazão às aguas. Mas a obra também não foi iniciada.
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OUTRO LADO.
A Administração Municipal informou que o projeto do canal extravasor da Avenida São Paulo está em ajuste técnico e, no momento, aguarda a manifestação sobre a liberação da licença ambiental por parte da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb).
Em relação à ponte na Rua dos Fundadores, sobre o Rio do Poço, o contrato está firmado, entretanto, por ser uma obra de quatro meses de duração e que irá bloquear a via, a prefeitura decidiu, após conversas com os comerciantes locais, iniciar as obras somente após a temporada de verão.
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Sobre o mato no Rio do Poço, ressaltou que há um cronograma de zeladoria em curso que cumpre serviços de limpeza por toda a cidade. Os serviços de limpeza na região estão previstos para o início da segunda quinzena do mês de setembro e o término em 15 de novembro.