Itanhaém
O guia apresenta 17 destinos paulistas, a partir de um mapeamento inédito de casas, templos, institutos e centros culturais de religiões de matrizes africanas e indígenas
Diversos festivais culturais, oficinas e rodas de conversas acontecem no Instituto Cultural Paulo Manica / Divulgação
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Itanhaém foi incluída no guia turístico de religiões de matrizes africanas do Estado de São Paulo. O objetivo da publicação estadual é valorizar, reconhecer e dar visibilidade aos espaços religiosos e culturais ligados às tradições afro-brasileiras e indígenas.
O guia apresenta 17 destinos paulistas, onde é possível reviver rituais, compreender saberes e práticas de cuidado coletivo. Foi feito um mapeamento inédito de casas, templos, institutos e centro culturais de religiões de matrizes africanas e indígenas.
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O município de Itanhaém é representado pelo Ilé Omi Olà Àse Òde Bùsì – Instituto Cultural Paulo Manica, fundado em 2015, por iniciativa do Babalorixá Paulo D´Òsùn (Paulo Jorge Manica).
Paulo Manica explica que o espaço surgiu com a missão de resgatar, preservar e promover a cultura de matriz africana como um pilar fundamental da identidade brasileira.
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A inclusão do Instituto Cultural Paulo Manica no guia turístico religioso de matriz africana e indígena do Estado de São Paulo, segundo Paulo, é um marco histórico para Itanhaém e para o povo de Asè. “É uma conquista para fortalecer o turismo cultural e enriquecer a identidade da Cidade”, destaca.
“Somos a primeira casa de matriz africana de Itanhaém a conquistar esse reconhecimento, que valoriza nossa fé, cultura e ancestralidade como parte do patrimônio paulista”.
Diz ainda que esse feito representa visibilidade, reparação histórica e respeito.
“Mostra que os terreiros também são espaços de cultura, de educação e de acolhimento. E, ainda, que nossa tradição tem lugar de destaque na construção de uma sociedade mais justa plural e antirracista”, completa.
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O Instituto Cultural Paulo Manica atua como um polo de preservação, celebração e promoção da cultura de matriz africana e da diversidade cultural brasileira.
Entre as atividades promovidas estão as festas de Orixá, ao longo do ano, abertas ao público; celebrações que preservam os ritos do Candomblé Ketu com música, dança e comidas sagradas.
Além de diversos festivais culturais, como o Festival de Osun, o festival gastronômico afro-brasileiro, o festival cigano e a feira cultural.
O espaço promove ainda projetos com fomento cultural e ações sociais, como ações de solidariedade e apoio às comunidades em situação de vulnerabilidade; oficinas, rodas de conversa e atividades para a juventude negra com participação ativa na promoção da igualdade racial e religiosa.
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Em 2023, a cidade de Peruíbe declarou as religiões africanas como patrimônio cultural.
Ao longo dos seus 10 anos, conforme Paulo, o Instituto Cultural tornou-se um símbolo de orgulho para o povo de axé e para toda a Cidade.
Além de ser o primeiro do município a integrar o guia turístico religioso de matriz africana e indígena do Estado de São Paulo, um marco que reafirma o valor da espiritualidade afro como patrimônio cultural e destino turístico.
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Paulo cita ainda que o Instituto Paulo Manica entrou para a história ao se tornar a primeira casa de matriz africana do Brasil a sediar oficialmente uma Conferência Regional de Promoção da Igualdade Racial, reunido representantes das nove cidades da Baixada Santista.
Desse encontro saíram propostas e delegados que vão representar a região na Conferência Estadual, a ser realizada nos dias 26 e 27 deste mês, no Memorial da América Latina, em São Paulo.
Interessados em conhecer o espaço, podem agendar uma visita ao Instituto Cultural Paulo Manica - Ilé Omi Olà Àse Òdè BùsÌ, que fica na rua Nair Mendes Manica, 75, no Jardim Aguapeú, em Itanhaém. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone 13 99646-2141 ou pelo Instagram @ile_omi_ola_ase_ode_busi.
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