Itanhaém

Gestantes são orientadas sobre amamentação no litoral de São Paulo

Durante a semana aconteceram atividades, como rodas de conversa com a equipe multidisciplinar, palestras, além de encontros com as gestantes e com as puérperas

Nayara Martins

Publicado em 26/05/2025 às 06:30

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Alice amamenta seu bebê e é uma das doadoras de leite materno ao Cescrim, em Itanhaém / Nayara Martins/DL

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O Centro Especializado na Saúde da Criança e da Mulher (Cescrim), de Itanhaém, programou várias atividades para celebrar o Dia Mundial da Doação do Leite Materno, que ocorreu no último dia 19 de maio.

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Durante a semana aconteceram atividades, como rodas de conversa com a equipe multidisciplinar, palestras, além de encontros com as gestantes e com as puérperas (mães que acabaram de ter bebês).

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O coordenador do Cescrim, Eder Clei da Silva, fala da importância de doação do leite materno.

"O trabalho é muito importante com as mães que amamentam os seus bebês. A cada 100 milímetros de leite materno pode salvar até 10 vidas de bebês prematuros e que precisam ficar na UTI no Hospital Regional", destaca.

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A nutricionista Vaneska Marques explica que as mães ao decidirem fazer as doações do leite devem fazer o cadastro no Cescrim.

"As mães podem entrar em contato pelo WhatsApp ou ir nas unidades básicas de saúde da cidade. É necessário que as mães apresentem os exames realizados no pré-natal e estar amamentando o seu bebê. Todos os exames devem estar negativos e as mães não podem ter realizado transfusão de sangue nos últimos cinco anos".

Ela destaca ainda que o leite é fundamental para os bebês. "O leite é uma alimento que se transforma em cada fase da amamentação, conforme a necessidade do bebê".

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O leite doado é encaminhado para o Banco de Leite de Peruíbe, que faz a pasteurização e, em seguida, é encaminhado ao Hospital Regional de Itanhaém. Esse processo é feito em parceria entre o Cescrim, que funciona como posto de coleta, e o Banco de Leite.

Esse leite atende às mães que não conseguem amamentar por algum motivo e os bebês que precisam ficar na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital.

"O leite materno é de fácil digestão e oferece vários benefícios, como ganho de peso, fatores imunológicos, além de ser fundamental nessa primeira fase, podendo ajudar na saída do bebê da UTI", frisa.

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ATO DE AMOR

Para a mãe Alice da Silva Santos, de 30 anos, o ato de doar o leite e amamentar é um ato de amor e de solidariedade.

O seu primeiro filho Lucas, de 4 meses, nasceu em 25 de janeiro e ela começou a doar o leite dia 10 de fevereiro. Alice diz que já voltou ao trabalho mas continua a amamentar o filho.

"Procurei o Cescrim porque tive muita dificuldade na amamentação. Lucas tinha a língua presa e tentava mas não conseguia mamar. Eles me ajudaram a colocá-lo no peito. Precisei vir durante 15 dias e tive toda a assistência e orientação de como amamentar", explica.

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"O meu sonho era amamentar e entendi o quanto é importante para o Lucas".

E foi no Cescrim que Alice soube sobre a importância de doar o leite materno. "Nem sabia que podia fazer a doação de leite. Tinha bastante leite para amamentar e comecei a doar", diz.

"Ao fazer a doação penso nas mães que precisam dar o leite a seu bebê e não conseguem. O leite materno é o melhor alimento do mundo e se transforma com os anticorpos que o bebê precisa", completa.

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COLETA

Após o cadastro das mães, a equipe do Cescrim entra em contato com as mães doadoras de leite materno para fazer a coleta do leite.

A equipe passa nas casas em dias e horários pré-agendados para recolher o leite congelado, uma vez por semana. E fornece ainda os frascos esterilizados e todo o material para a mãe coletar o leite.

As mães também recebem orientações para que possam fazer a autocoleta de maneira segura e armazenar.

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Hoje, o Cescrim possui, em média, 10 mães que doam o leite materno, o que resulta em 27 litros mensais. Há uma campanha para aumentar o número de mães doadoras.

O local precisa da doação de potes de vidro com tampas de plástico para armazenar o leite materno.

Outro serviço é o Aconselhamento ao aleitamento materno, voltado às mães que têm o seu bebê, mas não conseguem amamentar.

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As mães com dificuldade contam com uma rede apoio e recebem todas as orientações sobre como proceder para o aleitamento.

O atendimento às mães acontece no horário das 8 às 11 horas, de segunda a quinta-feira, no Cescrim. O Whatsapp é 13 3426.3197 e fica na avenida Tiradentes, 184, no Jardim Mosteiro, em Itanhaém.

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