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Itanhaém

Festa do Divino é celebrada em Itanhaém

Tradicional celebração começa neste sábado (28) e vai até o próximo dia 12, no centro histórico

Nayara Martins

Publicado em 28/05/2022 às 08:19

Atualizado em 28/05/2022 às 09:19

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A Festa do Divino reúne centenas de devotos e turistas / Fotos: Nayara Martins

A tradicional Festa do Divino tem início no próximo sábado, dia 28, a partir das 20 horas, com a “Noite do Soca”, e prossegue até o dia 12 de junho. No domingo (29), a partir das 5 horas, será realizada a

“Alvorada Festiva” com a saída da Casa do Império e o tradicional café com cuscuz na Praça Narciso de Andrade, no centro histórico de Itanhaém. 

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A procissão do Mastro acontece a partir das 11h15. Ao meio dia, haverá a solene “Erguida do Mastro”, um dos pontos altos da Festa, em frente à Igreja Matriz de Sant´Anna, no centro histórico. 

A celebração, que acontece há mais de 300 anos, é uma das mais importantes manifestações culturais da Cidade. Na Baixada Santista, é o único município que realiza a Festa.  

Após dois anos de suspensão devido à pandemia, a Festa volta a ser celebrada com os três personagens - o imperador Daniel Silva da Guia, a imperatriz Thayana dos Santos Diz e o capitão do Mastro Henrique Dias dos Santos.    

A irmã da imperatriz Thayana, Ana Telma Diz, fala sobre a importância da Festa do Divino em Itanhaém. 

“Participamos da Festa há mais de 50 anos, desde a época em que minha avó Almerinda era viva. Foi uma promessa que fizemos a ela que todos os anos iriamos ajudar a organizar o Império. É uma festa linda e tradicional, mas tem que contar com a ajuda de todos para não acabar. O Divino Espírito Santo abençoa a todos nós”, ressalta.

Na sua opinião, um dos pontos altos da celebração é a “Erguida do Mastro”, que tem um significado muito importante. “Além da abertura do Império, na Casa do Império, realizada na Pinacoteca Municipal. Para nossa família são muito emocionantes esses dois momentos”.    

O aposentado e devoto Elcio Alves, de 77 anos, morador no Rio Acima, no Jardim Coronel, também relembra a Festa do Divino de antigamente, com as famílias que moravam na zona rural do município. A Folia é a preparação da Festa do Divino, momento em que as famílias rezam com as bandeiras que percorrem suas casas abençoando a todos.  

“A bandeira saía da Vila Atlântica, em Mongaguá, e fazia o percurso pelas comunidades dos rios Branco e Preto, no Rio Acima até o Aguapehú, em Itanhaém. As bandeiras pousavam nas casas dos moradores, como na do meu tio Benedito Marques e meu pai João Alves, já falecidos. A mesa oferecida era bem farta, com o biju, peixe, cuscuz, farinha manema, e outros”, conta.

Os moradores visitavam as casas e, na maioria das vezes, iam de canoa pelo rio. As famílias tradicionais, nessa época, já contribuíam com a festa. “Eles levavam o dinheiro arrecadado para a coordenadora da Festa, dona Zulmirinha Gatto, no centro da Cidade”, completa.

Programação 
Após a “Erguida do Mastro”, é realizada a missa e o início do setenário a partir do domingo (29), às 19 horas e prosseguem até dia 4 de junho, na Igreja Matriz. Nos dias 1º e 2 de junho acontece o preparo do pão bento. No dia 3 de junho haverá a premiação do XV Concurso Letras do Divino, também na Matriz.
Dia 4, acontece a “Abertura do Império”, na Casa do Império, ao meio dia e, às 18h45, será a saída do cortejo da Casa do Império até a Igreja Matriz. 
No dia 5, Domingo de Pentecostes, haverá a alvorada e o café com cuscuz, a partir das 5 horas. A missa solene e a distribuição do pão bento acontecem a partir das 10 horas, na Matriz. E às 18 horas, haverá a procissão do Divino Espírito Santo, no centro histórico. Já às 19 horas, acontece a missa e o sorteio dos próximos festeiros de 2023.
Para encerrar a Festa do Divino, dia 12, haverá a missa e o encerramento às 19 horas, na Igreja Matriz. Já às 20h30, acontece a solene “Descida do Mastro”, no centro histórico. 
A partir de sexta-feira (27) até 12 de junho, acontece ainda a quermesse beneficente com a praça de alimentação e apresentações culturais.      
A celebração é realizada pela Associação Pró-Festa do Divino de Itanhaém e a Paróquia Nossa Senhora da Conceição, com o apoio da prefeitura do município.

História
A Festa do Divino Espírito Santo foi trazida de Portugal pelos colonizadores que se instalaram na Vila Nossa Senhora da Conceição de Itanhaém. Era uma época conturbada do Reino Português, no século XIII, quando a vida econômica e política se agravavam e colocavam em risco a segurança do trono. A rainha Isabel, de Portugal, teve uma atitude inesperada à Corte. Muito devota, ela abdicou da coroa em favor do Divino Espírito Santo.

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