Entre os amantes de Itanhaém estão Benedito Calixto, José de Anchieta, José Rosendo e Ernesto Zwarg / Nayara Martins/DL
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“Olhares Singulares sobre Itanhaém e região de dois amantes da natureza”. Esse é o tema da exposição pode ser vista no Museu Conceição, no centro de Itanhaém, até o dia 31 de julho. A coordenadora do Museu, Fátima Cristina Pires, explica que a mostra faz homenagem a dois amantes da natureza, além de retratar a riqueza histórica, cultural e ambiental de Itanhaém e da região.
“A ideia é homenagear dois homens apaixonados pelas questões históricas e ambientais em várias épocas – José de Anchieta e Ernesto Zwarg”, destaca.
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Entre os amantes de Itanhaém estão Benedito Calixto, José de Anchieta, José Rosendo e Ernesto Zwarg. E ainda membros da Academia Itanhaense de Letras, além de algumas pessoas que vieram morar em Itanhaém e se apaixonaram pela Cidade.
Fatima lembra que o mês de junho é festivo porque se comemora a data da morte do jesuíta São José de Anchieta, em 9 de junho, que contribuiu para a cultura e a história da Cidade.
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Há ainda um documento de autoria de José de Anchieta, a Carta de São Vicente, do século XVI, onde ele escreveu sobre a fauna e a flora da região do litoral paulista.
“No século XVI, a região tinha uma grande riqueza na fauna, como o peixe boi, as onças e vários tipos de insetos e borboletas e sobre a flora”, frisa.
Na exposição podem ser vistas telas em aquarelas que mostram alguns trechos da Carta de São Vicente. A autora das obras é a artista plástica Léa Camargo.
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E os desenhos cubistas, em carvão e grafite, do artista plástico Ângelo Gil, que conta um pouco da trajetória e a vida de José de Anchieta, desde as Ilhas Canárias e a vinda do jesuíta para o Brasil aos 17 anos.
Além de alguns fatos que marcaram a vida do jesuíta como os milagres, a convivência e o processo de canonização de Anchieta. José de Anchieta foi beatificado pelo Papa João Paulo II em 1980 e a canonização aconteceu no ano de 2014, pelo Papa Francisco.
Na sala de entrada do Museu, no pavimento superior, pode ser vista outra mostra que homenageia o ambientalista, professor, compositor, escritor, poeta e político Ernesto Zwarg, que completaria 100 anos se estivesse vivo, no próximo dia 29 de julho.
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“A exposição é uma homenagem à trajetória de Zwarg, um dos pioneiros no combate à instalação das usinas nucleares em Iguape, nos anos de 1980. E também por sua luta pela preservação da Jureia, hoje, a Estação Ecológica Jureia-Itatins, uma unidade de conservação brasileira e de preservação integral”, destaca Fatima.
O público pode ver um quadro com o retrato do ambientalista Ernesto Zwarg e um pôster do Instituto Ernesto Zwarg (IEZ). E ainda algumas medalhas que ele ganhou e de exemplares do jornal Correio do Litoral, na época em que a família assumiu o jornal.
Fatima lembra que o ambientalista Zwarg entendeu, 400 anos depois de Anchieta, a importância de lutar pela preservação da região. E despertou a conscientização na população caiçara em preservar as belezas na região.
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“O ambientalista Zwarg também despertou nos turistas um outro olhar para a região. Hoje, eles vêm procurar um contato com o mar e com a natureza ainda preservada, no Parque Estadual da Serra do Mar”, salienta.
Segundo a coordenadora, dos 8% da Mata Atlântica ainda preservada no Brasil, 4% está na Unidade de Conservação da Jureia, graças ao movimento do ambientalista Ernesto Zwarg.
O Museu Conceição fica localizado na Praça Narciso de Andrade, no centro histórico de Itanhaém. Pode ser visitado de terça a sexta-feira, no horário das 8 às 17 horas e, aos sábados, das 11 às 17 horas.
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