Na região, as redes de coleta dos esgotos da Sabesp cobrem em torno de 80% das áreas formais. / Nair Bueno/DL
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Das noves cidades da Baixada Santista, Itanhaém é o município com o menor índice de coleta de esgoto, com 48%, de acordo com dados da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), e a responsável pelo serviço em toda região.
Em segundo lugar aparece Bertioga, com 55% de coleta de todo esgoto gerado, seguida por Cubatão, com 78%. Peruíbe e Praia Grande empatam com 80%, Guarujá e São Vicente com 81%, Mongaguá com 87% e Santos, com 98%. Os índices de cobertura das redes coletoras de esgotos são de 2017.
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Na Baixada Santista, as redes de coleta dos esgotos da Sabesp cobrem em torno de 80% das áreas formais, ou seja, onde a companhia é permitida de atuar. Já o esgoto gerado por imóveis irregulares continua sendo despejado em locais impróprios e sem nenhum tipo de tratamento.
Segundo a Sabesp, todo o esgoto coletado na Baixada Santista é 100% tratado. Após o tratamento, o líquido gerado nas estações é testado em laboratório e direcionado por emissários até serem dispersos em corpos hídricos.
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A Reportagem questionou as prefeituras das cidades com índices mais baixos e a Sabesp em relação ao que será feito para melhorar este cenário.
Bertioga informou que desde a emancipação do município, nunca houve qualquer formalização do contrato de prestação de serviço, sendo realizado de forma precária (sem contrato).
Ano passado elaborou o Plano Municipal de Saneamento Básico, o que possibilitou o início das tratativas para a formalização do contrato de prestação de serviços para o saneamento básico.
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"A partir da formalização do contrato, teremos metas de investimentos em saneamento, uma agência reguladora para monitorar e controlar os serviços", informou em nota.
Em Itanhaém, segundo a prefeitura, está previsto para os próximos dias o anúncio do maior investimento da história da cidade em infraestrutura, com a ampliação da rede de coleta e tratamento de 100% do esgoto. A previsão é de que o convênio celebrado entre a Administração e a Sabesp mantenha a companhia à frente dos serviços até 2047. O valor deve chegar a R$ 988 milhões.
Já a Sabesp explicou que de 2007 a 2017, investiu quase R$ 3 bilhões para ampliar a cobertura do sistema de esgotamento sanitário da Baixada Santista.
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Para os próximos anos, até 2025, estão previstos mais R$ 1,4 bilhão para a conclusão de 448 km de redes coletoras, 48 mil novas ligações de esgotos, 3 novas estações de tratamento, 11 ampliações e melhorias
SANEAMENTO DEFICIENTE
O Painel Saneamento Brasil, do Instituto Trata Brasil, lançado na última terça-feira (23), mostrou que o saneamento na Baixada Santista é deficiente. Para se ter uma ideia, somando a população de Praia Grande, Guarujá e São Vicente, existem ainda quase 300 mil pessoas sem acesso à coleta de esgoto.
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