Guarujá

União dos Construtores tem proposta para a orla da Enseada, em Guarujá

Ideia será encaminhada como proposta ao Plano Diretor do Município, cujo formulário de consulta pública já está disponível no site da Prefeitura

Carlos Ratton

Publicado em 23/05/2023 às 07:00

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O empresário Silvio Luís Campilongo Camargo, que faz parte da União, fez questão de explicar a proposta / Nair Bueno/DL

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Unir a iniciativa privada ao poder público para transformar a orla da Enseada em uma área definida como 'fachada ativa', mesclando um ambiente residencial com comercial, como forma de retomar o crescimento econômico de Guarujá, fomentando a construção civil e a geração de empregos diretos e indiretos no ano todo, aos moldes da Riviera de São Lourenço, em Bertioga, mas mantendo a infraestrutura urbana pública.

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Essa é a ideia central da União dos Construtores de Guarujá, que será encaminhada como proposta ao Plano Diretor do Município, cujo formulário de consulta pública já está disponível no site da Prefeitura. O empresário Silvio Luís Campilongo Camargo, que faz parte da União, fez questão de explicar a proposta ao Diário do Litoral. Ele é proprietário da Campi Praia Empreendimentos Imobiliários.

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O plano é um projeto de cidade no que tange aos seus aspectos físico-territoriais, elaborado pelo Poder Executivo, sob a responsabilidade técnica de um arquiteto urbanista com a participação de uma equipe interdisciplinar, em um processo de planejamento participativo.

Em agosto, serão realizadas quatro audiências públicas para discuti-lo. Ele tem como principal diretriz aproximar emprego e moradia. O atual plano prevê o horizonte até 2029 para que seus objetivos sejam alcançados.

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Segundo Silvio Campilongo, os construtores acreditam que a construção de prédios na orla da Enseada, com estacionamentos em sobresolos com entradas pelos fundos, e restaurantes, bares e similares, lojas, academias e outros comércios, com recuos de três a cinco metros para subida e descida rápidas, tanto de clientes como equipamentos, em áreas de quatro a cinco mil metros quadrados, vão garantir não só uma retomada econômica ao Município, mas maior segurança.

"Seria uma verticalização consciente. O volume de pessoas e a segurança monitorada (inclusive realizada pelos empreendimentos), vão inibir a ação de marginais na orla e seu entorno. Existe a possibilidade, inclusive, da implantação de uma marina pública certificada no final da Enseada, que beneficiará não só as forças de segurança marítimas, como pescadores da região", adianta o empresário, que já entrou em contato com a Administração para que a proposta seja apresentada.

DEGRADAÇÃO.

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A União acredita que é preciso fazer alguma coisa antes que a orla da Enseada, que tem quase seis quilômetros de extensão, fique completamente degradada.

"É preciso promover a mobilidade urbana, envolver os cidadãos e cidadãs para criar vida diurna e noturna, conforme acontece na Europa, com fachadas ativas de circulação de pessoas e veículos, dentro dos futuros projetos imobiliários que possibilitem grandes recuos e distâncias, para não criar as conhecidas sombras que afetam as areias - erros já cometidos em Guarujá e outros municípios da região", lembra.

SEM PAREDÕES.

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O empresário lembra de condomínios-clubes, que já estão acontecendo em São Paulo (capital), que permitem prédios de até 60 andares, bem recuados e divididos, sem criar os famosos 'paredões'.

"A Enseada pode ser adensada sem cometer os erros que ocorreram nas Astúrias e Pitangueiras, e outras orlas da região, por exemplo. Com escoamento de águas pluviais, infraestrutura urbana (iluminação, saneamento básico (água e esgoto) e projetos arquitetônicos que respeitem a natureza. Os prédios terão privacidade sem perder áreas verdes a ação do sol", explica.

Os representantes da União devem participar das quatro audiências públicas que ocorrerão para discutir o plano e levarão a proposta, que está sendo desenvolvida com a Associação dos Engenheiros e Arquitetos, para que as regras sejam respeitadas.

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"A mudança que estamos propondo prevê um uso e ocupação maiores para aumentar a circulação de pessoas que, por sua vez, fomentarão maior segurança. Também vamos propor incentivos para construir e gerar empregos e serviços que serão permanentes", comenta.

MIGRAÇÃO.

Silvio Campilongo Camargo alerta que a indústria da construção civil é fácil de ser analisada. "O mercado não está bom em uma região, os empresários migram para outras. A nossa ideia é uma revisão de postura para fomentar investimentos em Guarujá. Em números, podemos gerar mais de R$ 15 bilhões em valores de vendas na Enseada".

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Para ele, o mercado precisa ser mais atrativo e o momento é agora, por uma questão de sobrevivência. "Precisamos ter um plano de ocupação e segurança organizado", finaliza, acreditando que o Governo Estadual tem planos para a Baixada Santista, envolvendo um túnel e um aeroporto, e que ano que vem é ano eleitoral. (Carlos Ratton)

 

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