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TRANSPORTE

Travessia Guarujá e Bertioga volta a dar problema

Feita por rebocadores que puxam flutuantes, transporte é frágil e inseguro

Carlos Ratton

Publicado em 23/12/2022 às 09:30

Atualizado em 26/12/2022 às 14:29

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Entre junho e julho, a travessia Guarujá-Bertioga só foi reestabelecida após contrato emergencial / NAIR BUENO/DL

A Secretaria Estadual de Logística e Transportes, através do Departamento Hidroviário (DH), do Governo do Estado de São Paulo, continua negligenciando as travessias das balsas entre Bertioga e Guarujá. Isso porque o transporte está sendo realizado por rebocadores, que puxam flutuantes que atravessam o Canal de Bertioga, que apresentam problemas constantes, atrasando a vida de centenas de cidadãos e cidadãs que utilizam o transporte frágil e inseguro.

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"Onde estão as balsas? O serviço só não chegou a ser paralisado porque são dois rebocadores com um flutuante amarrado cada. A semana passada, ficamos com a travessia paralisada por dois dias porque um dos rebocadores, amarrado a um flutuante, acabou colidindo com o flutuante fixo do lado de Bertioga, danificando a ponte de madeira soltando um dos ganchos que segurava a ponte e o flutuante fixo", revela o líder da Associação de Moradores da Cachoeira, Sidnei Bibiano dos Santos.

Bastante revoltado, Bibiano continua: "pagamos uma tarifa cara para fazermos a travessia e a falta de manutenção nos equipamentos. Agora, retiram as balsas e colocaram dois rebocadores amarrados a flutuantes o que vem atrasando o tempo de atracar entre um lado e outro. Tem muita gente perdendo compromissos em ambos os lados das duas cidades. O Estado precisa resolver estes problemas. A temporada começou e não podemos ficar deste jeito". 

UM MÊS. 
Não é de hoje que parte de cidadãos e cidadãs de Guarujá e Bertioga vêm sendo maltratados. Ainda este ano, a travessia entre os dois municípios ficou paralisada por mais de um mês, após acidente registrado em 12 de junho, provocado pela força da maré, que soltou os cabos e amarras do flutuante e fez a ponte de 70 toneladas afundar três metros. Secretaria liberou o acesso à travessia para ciclistas e pedestres após uma contratação de serviço emergencial.

Os moradores que atravessavam gratuitamente de balsa chegaram a pagar R$ 5,00 toda vez se dirigiam a Bertioga.

NOTA OFICIAL

O Departamento Hidroviário (DH) destaca que não há negligenciamento por parte do Departamento na travessia Bertioga/Guarujá. Muito pelo contrário, há um trabalho constante na travessia. Tanto que o DH está trabalhando na manutenção das balsas para ampliar a segurança e o conforto na travessia. E para garantir o atendimento pleno aos usuários, o DH alugou embarcações que garantam o funcionamento, enquanto as balsas passam por manutenção.  

Outro erro é afirmar que há flutuante amarrado a rebocador. O DH já esclareceu por nota à reportagem que esta informação não é verdadeira. A travessia Bertioga/Guarujá, conforme amplamente noticiado, foi interditada em 16/12 e liberara em 18/12, para um reparo no equipamento localizado do lado de Bertioga. 

O DH volta esclarecer ao jornal que as duas balsas alugadas com rebocador fazem a operação diariamente. A estratégia foi adotada para que os usuários não fossem prejudicados enquanto as embarcações que atendem esta travessia passam por manutenção. Esse tipo de embarcação (balsa + rebocador) opera com total segurança e possui aprovação e certificação da Marinha do Brasil, como todas as balsas do sistema de travessia sob responsabilidade do DH. As balsas com rebocador vêm sendo utilizadas no Litoral Norte desde dezembro de 2021 e, em Bertioga, desde novembro deste ano.  

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