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GUARUJÁ

Marcha Para Jesus é cancelada em Guarujá para evitar manifestações políticas

As informações foram reveladas oficialmente pelo vereador Sérgio Santa Cruz (PSB), no plenário da Câmara

Carlos Ratton

Publicado em 10/11/2022 às 07:00

Atualizado em 10/11/2022 às 08:09

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O evento foi cancelado após denúncia de que se tornaria ato político / Divulgação

Pastores ligados a ala bolsonarista estariam articulando, via redes sociais, transformar o evento evangélico Marcha Para Jesus, em Guarujá, em um movimento político pró presidente Jair Bolsonaro contra a decisão das urnas na última eleição. Os participantes teriam que ir ao evento com camisas da seleção e protestar contra o resultado das urnas ocorridas no dia 30 de outubro.

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As informações foram reveladas oficialmente pelo vereador Sérgio Santa Cruz (PSB), no plenário da Câmara. Sérgio pediu oficialmente à Prefeitura de Guarujá que adiasse a marcha, o que acabou acontecendo por intermédio do Comando do 21º Batalhão da Polícia Militar do Interior (BPMI), pelas mãos Tenente Coronel Gustavo Pereira Lima Magnani. 

“Queriam transformar a marcha numa passeata. Queriam fazer manifestação contra o resultado do último pleito eleitoral. Isso foi dito em um podcast que eu consegui. A inteligência da Polícia Militar também descobriu a intenção. Tinham R$ 80 mil em recursos públicos, oriundos de emendas parlamentares, para a marcha e parte desses recursos seriam destinados ao pagamento do cantor André Valadão. Queriam trazer até o próprio Bolsonaro”, disse ontem o vereador.

Na Pérola do Atlântico, o Conselho de Ministros e Pastores Evangélicos de Guarujá (COMPEG) decidiu adiar a marcha que aconteceria neste sábado (12), no Distrito de Vicente de Carvalho. Como em todas as cidades, os bolsonaristas estão se manifestando em frente a quartéis, protestando contra a eleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Em Guarujá, eles estão em frente ao Forte dos Andradas, que abriga o quartel general da 1ª Brigada de Artilharia Antiaérea e da costa das regiões Sul e Sudeste do Exército Brasileiro.  

INCONSTITUCIONAL.

Especialistas em Direito Constitucional já se manifestaram em vários veículos de comunicação alertando que os atos, mesmo os que estão sendo feitos foras das estradas, são inconstitucionais. O sistema político brasileiro proíbe os militares de intervir na política e não prevê um mecanismo de intervenção militar.

A Constituição de 1988, logo no artigo 1º, parágrafo único, diz que "Todo poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição". Pela Carta Magna, é o povo quem escolhe os governantes. Se os militares tomam o poder pela força, isso se classifica como um golpe de Estado.

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