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Temer diz que não pretende acabar com Bolsa Família; programa deve ter reajuste

Em seu discurso de apresentação, Temer admitiu que a pobreza extrema é um dos desafios do país

Agência Brasil

Publicado em 14/03/2018 às 16:45

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O presidente enfatizou que o programa faz parte de um dos eixos prioritários de sua gestão / Beto Barata/PR

O presidente Michel Temer afirmou hoje (14) que não pretende acabar com o Bolsa Família e que o programa deve receber aumento em breve. Temer fez a declaração durante sua participação na abertura do Fórum Econômico Mundial para a América Latina, que ocorre em São Paulo até amanhã.

“Eu não estou pregando isso [a eliminação do Bolsa Família], estou pregando a manutenção, que aliás, ganhou um aumento no início do meu governo e deverá muito proximamente ganhar um novo aumento. Então, estamos pregando que haja uma evolução no tópico da responsabilidade social”, esclareceu Temer.

Em seu discurso de apresentação, Temer admitiu que a pobreza extrema é um dos desafios do país e explicou que o objetivo de seu governo é evitar que programas assistencialistas ainda estejam na pauta do país nos próximos anos. Pra isso, ele defende uma “evolução” do programa até sua possível eliminação a longo prazo.

“Nós precisamos progredir e, por isso, lançamos muito recentemente um programa chamado Progredir, que é para dar emprego aos filhos daqueles desfrutantes do Bolsa Família. Porque, ao longo do tempo esse pessoal vai se incluindo na sociedade e ao longo do tempo, digo eu, quem sabe, possamos eliminar essa questão do Bolsa Família”, disse Temer.

O presidente enfatizou que o programa faz parte de um dos eixos prioritários de sua gestão, a responsabilidade social, e que o valor concedido às famílias beneficiários sofrerá reajuste, sem dar detalhes sobre o aumento.

Em sua fala, o presidente também resumiu as principais iniciativas de seu governo na área de responsabilidade fiscal, como a reforma trabalhista, a limitação dos gastos públicos, entre outras medidas que contribuíram para o fim da recessão econômica. Temer também destacou o diálogo como uma das expressões que pautam o governo atual.

Estados  Unidos

Depois de discursar, Temer respondeu a algumas perguntas do presidente do Fórum, o professor Klaus Schwab. Questionado sobre como o Brasil pretende lidar com tendências protecionistas no mundo, Temer respondeu que essa questão preocupa muito o país e que pode recorrer contra os Estados Unidos pela decisão de aumentar os impostos de importação do aço e do alumínio.

A taxação afeta diretamente as exportações brasileiras que tem os Estados Unidos como um dos principais parceiros comerciais. Temer comentou que é necessário cuidado para tratar das relações com os país norte americano e que deve telefonar para o presidente Donald Trump para tratar do assunto.

“Nesta questão do aço realmente há uma grande preocupação, porque, pelos tratados internacionais, a taxação do aço poderia variar de 0 a 4,5% e houve uma taxação de 25% no caso do aço e 10% no caso do alumínio. É claro que temos que tratar com muito cuidado essa matéria”, disse Temer.

Ao lado do ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, o presidente não descartou a possibilidade de entrar com uma representação contra os Estados Unidos junto à Organização Mundial do Comércio (OMS). Contudo, o presidente disse que, antes dessa medida, o Brasil vai incentivar o contato de empresas brasileiras que fornecem aço para as empresas norte-americanas para trabalharem “em conjunto ao congresso americano para tentar mudar essa fórmula”.

“Se não houver uma solução, digamos assim, amigável muito rápida, vamos formular uma representação à Organização Mundial do Comércio, mas não unilateralmente, não apenas o Brasil, mas com todos os países que tiveram prejuízo em função dessa medida tomada. Naturalmente, essa conjugação coletiva dos países dará mais força a essa representação”, afirmou.

Temer também foi questionado sobre a reforma da Previdência. O presidente reafirmou que pode tentar retomar a tramitação da emenda constitucional que altera as regras de acesso à aposentadoria no Congresso Nacional ainda no segundo semestre deste ano, talvez em setembro ou outubro, quando pretende acabar com a intervenção federal na segurança do Rio de Janeiro.

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