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Bolsonaro desistiu de mencionar Venezuela em discurso para 'não polemizar' com Putin

Em versão prévia de seu discurso, Bolsonaro pretendia mencionar a situação venezuelana. O Brasil reconheceu a legitimidade do líder oposicionista Juan Guaidó para comandar o país vizinho.

Folhapress

Publicado em 29/06/2019 às 17:04

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O presidente Jair Bolsonaro. / Marcelo Camargo/Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro admitiu ter mudado seu discurso durante encontro dos Brics para não "polemizar" com o presidente da Rússia, Vladmir Putin, a quem se referiu como uma "potência nuclear".

Bolsonaro desistiu de fazer um apelo para que integrantes do bloco  –formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul– apoiassem a transição de governo na Venezuela, hoje comandada pelo ditador Nicolás Maduro. 

"Não quis polemizar com Putin, uma potência nuclear", afirmou neste sábado (29), durante o G20.

Em versão prévia de seu discurso, Bolsonaro pretendia mencionar a situação venezuelana. O Brasil reconheceu a legitimidade do líder oposicionista Juan Guaidó para comandar o país vizinho. 

Segundo ele, a presença do russo o fez mudar de ideia.

"Eu estava na presença do presidente da Rússia e eu vi que não era o momento de ser um pouco mais agressivo."

Entre os países do bloco, Rússia e China são simpáticos a Maduro. 

Na véspera, o porta-voz da Presidência, general Otávio do Rêgo Barros, chegou a dizer a jornalistas que o presidente tinha tratado de Venezuela no encontro. Embora a reunião tenha sido fechada, a menção ao país vizinho não consta no texto distribuído pela assessoria aos repórteres e nem em vídeo publicado posteriormente pela organização do G20. 

"Ao final da declaração, ele citou a Venezuela, sim, no intuito de que aqueles que estavam sentados à mesa com os Brics encontrassem posições que pudessem favorecer o retorno da democracia naquele país", disse Rêgo Barros.

O presidente brasileiro presidiu na sexta encontro dos líderes dos Brics à margem do encontro do G20, em Osaka. Em sua fala, adotou discurso favorável ao livre-comércio e ao multilateralismo.

O Brasil ocupa a presidência do bloco e sediará a cúpula do grupo em novembro, em Brasília. 

Durante a entrevista, Bolsonaro foi questionado sobre a possibilidade de o Brasil aplicar sanções econômicas à Venezuela. 

Ele respondeu ser favorável a esse tipo de medida, mas ponderou que faria consultas aos ministérios de Relações Exteriores e Defesa.

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