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Rodrigo Garcia (PSDB) é o governador de São Paulo desde o último dia 1º, mas 85% dos paulistas não sabem disso. Pesquisa Datafolha mostra que 11% disseram seu nome, enquanto 5% apontaram outros.
Após idas e vindas, o agora ex-governador João Doria (PSDB) renunciou, no último dia 31, para disputar a Presidência da República, movimento condenado por 61% dos entrevistados.
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O levantamento, feito no estado de São Paulo entre 5 e 6 de abril, ouviu 1.806 pessoas em 62 cidades. A pesquisa está no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o número SP-03189/2022. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos.
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O desconhecido governador terá que enfrentar questões de saúde, o principal problema do estado hoje na avaliação de 24% dos entrevistados. Outros 14% indicaram que violência, segurança e polícia são o principal problema.
Desemprego está no topo das preocupações para 11%, assim como a educação. Fome e miséria; inflação; e corrupção, roubalheira e desonestidade marcaram 3%.
Em 2017, a saúde também liderava com 36%, seguida de violência, com 20%.
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A questão da saúde esteve no centro da gestão Doria/Rodrigo por causa da pandemia do coronavírus. O ex-governador se projetou com a vacinação e conseguiu nacionalizar seu nome. O Datafolha mostrou que Doria teve 23% de aprovação e 36% de reprovação.
Agora, Rodrigo também tem investido em sua apresentação -ele buscará a reeleição no pleito de outubro.
A pesquisa Datafolha mostra Rodrigo numericamente em quarto lugar, com 6%. Ele aparece atrás de Fernando Haddad (PT) com 29%; Márcio França (PSB) com 20% e Tarcísio de Freitas (Republicanos) com 10%.
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No cenário sem França, Tarcísio e Rodrigo empatam com 11%, o que foi comemorado pela equipe do tucano. Haddad vai a 35% e abre vantagem.
Na pesquisa, 38% responderam conhecer Rodrigo, e 17% afirmaram não votar nele de jeito nenhum.
Como mostrou o jornal Folha de S.Paulo, aliados do governador se preocupam em afastá-lo de Doria, de quem era vice. A pesquisa revela que 66% afirmam que não votariam em um candidato apoiado pelo ex-governador.
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Em um vídeo de apresentação divulgado nas redes sociais, Rodrigo não diz que seu partido é o PSDB, mas "São Paulo". Tampouco menciona sua ligação com Doria, destacando ter trabalhado na administração de cinco governadores.
O tucano destaca as características que quer ressaltar para os eleitores -sua experiência na administração pública e sua ligação com o interior de São Paulo.
A estratégia para se viabilizar eleitoralmente na polarização entre Haddad, candidato de Lula (PT), e Tarcísio, candidato de Jair Bolsonaro (PL), será pregar contra ideologias -algo que Rodrigo usou em sua primeira agenda no governo e repetiu no vídeo de apresentação.
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Entre quem declara voto em Rodrigo, 74% respondem não saber quem é o atual governador -21% declaram que o governador é o tucano.
A taxa dos que não sabem dizer quem ocupa o Palácio dos Bandeirantes atualmente sobe para 94% entre quem tem 16 a 24 anos e para 91% entre as mulheres. Só 5% das mulheres sabem que Rodrigo é o governador, contra 16% dos homens.
Entre moradores do interior, 87% não souberam responder quem é o governador. Responderam corretamente 19% dos que têm ensino superior, 15% dos empresários e 25% dos funcionários públicos.
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O mandato de Rodrigo esteve por um fio, como revelou a Folha de S.Paulo. Na semana passada, Doria chegou a comunicar o vice de que não renunciaria e desistira de concorrer ao Planalto, quebrando um acordo estabelecido entre eles.
A cúpula do PSDB entrou em campo para demover Doria e garantir a renúncia, o que beneficia Rodrigo eleitoralmente. No cargo, na visão de seus aliados, ele obtém visibilidade para tornar-se mais conhecido e pode se descolar de Doria, o que não seria possível na condição de vice.