AS GRANDES PARTIDAS DO TRICOLOR DO MORUMBI
De acordo com a reportagem, veja quais foram as partidas mais sensacionais da história do clube com mais títulos internacionais do Brasil
Técnico Telê Santana, multicampeão pelo São Paulo FC / Divulgação/Saopaulofc.net
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O São Paulo, ao longo dos seus 93 anos de história , disputou diversas partidas inesquecíveis, dignas de emocionar qualquer torcedor do Tricolor Paulistas. Veja, abaixo, os cinco jogos mais emblemáticos do clube de acordo com a reportagem.
5. Centésimo gol do Rogério Ceni - contra o Corinthians (Paulista de 2011)
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Um dos feitos emblemáticos do maior goleiro-artilheiro da história do futebol foi o centésimo gol, logo em cima de seu maior rival: Corinthians. O tricolor venceu a partida por 2 a 1, com Dagoberto marcando o outro gol são-paulino. Dentinho marcou o tento do Timão. O destaque do jogo ficou para os 8 minutos do segundo tempo: Ralf derruba Fernandinho perto da entrada da área, e Rogério Ceni caminha até o ataque para efetuar a cobrança. Falta é executada com perfeição, o goleiro Júlio César toca na bola, que morre no fundo da rede. Festa da torcida tricolor e recorde no Guiness Book.
Rogério Ceni celebra centésimo gol da carreira / Rubens Chiri / saopaulofc.net
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4. São Paulo x Guarani - final do Campeonato Brasileiro de 1986
Decisão do Campeonato Brasileiro realizada em 1987 válida pelo torneio de 1986 coroou um grande jogo de duas grandes equipes. São Paulo e Guarani tinham grandes times e fizeram um jogo agitado. Perto do final da partida, o Bugre havia marcado e vencia por 3 a 2. A torcida do Guarani comemorava o título e a Tricolor parecia já imaginar a derrota, até que, restando menos de um minuto para o fim da decisão, a defesa são-paulina lança uma bola para sua área de ataque. Careca (cria do Guarani) recebe, e com um belo chute de primeira, empata a partida de forma heróica. Na decisão por pênaltis, o Tricolor do Morumbi saiu campeão, provando de uma vez por todas que era o verdadeiro "Clube da Fé".
O gol histórico de Careca/ Reprodução Morumbiteca
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3. Título Mundial contra o Liverpool em 2005
São Paulo chegou para a decisão do Mundial de Clubes contra o badalado Liverpool, que entrou na final há incríveis 11 jogos sem levar gols. Aloísio "Chulapa" não quis nem saber da forte defesa do time inglês: com um lindo passe de trivela, furou a retranca do adversário e acionou Mineiro, o volante elemento surpresa Tricolor, que com a frieza de um centroavante abriu o placar. O gol pareceu surpreender o mundo com a força do São Paulo, e a partir deste momento, o Liverpool foi para cima. Entrou em cena então o maior ídolo da história do São Paulo: o goleiro Rogério Ceni. Se alguém ousar dizer que o camisa 01 era craque apenas para fazer gols, basta lembrá-lo desta atuação antológica. Entre as belas defesas uma foi o maior destaque: a defesa da cobrança de falta de Steven Gerrard, em bola que iria no ângulo. São Paulo se tornou o primeiro (e até então único) brasileiro a ser tricampeão mundial, e Rogério Ceni foi eleito o melhor em campo.
Defesa emblemática de Rogério Ceni/ Reprodução
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2. Título da Libertadores de 1992, contra Newell's Old Boys
O time mágico de Telê Santana enfrentou o forte argentino treinado por Marcelo Bielsa, para conquistar a América pela primeira vez. O São Paulo venceu por 1 a 0 e levou a decisão para as penalidades máximas, na qual o goleiro Zetti brilhou e garantiu o título inédito para o Morumbi. Com um estádio lotado, mais de 70 mil torcedores invadiram o gramado para festejar a conquista. O campeonato vencido de 1992 do Tricolor Paulista fez com que as equipes brasileiras começassem a ver o torneio como a maior ambição da temporada. O que segue até hoje sendo o principal objetivo e o torneio mais importante do continente para os brasileiros começou após este feito.
Equipe do São Paulo celebra o título da Libertadores de 1992/Reprodução
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1. Primeiro Mundial de Clubes da equipe, contra o Barcelona em 1992
A primeira vez que o São Paulo conquistou o mundo foi em 1992, em um jogo de ataque contra ataque. Informações dão conta de que os técnicos Telê Santana (SPFC) e Johan Cruyff (Barcelona) fizeram uma espécie de "pacto" para evitar o antijogo, sem cera, sem retranca, apenas o futebol bonito sendo jogado com as duas equipes buscando o gol. E assim foi a partida. A equipe da Catalunha saiu na frente aos 12 minutos do primeiro tempo, com o búlgaro Hristo Stoichkov, mas, ainda na primeira etapa, Raí, o camisa 10 mais emblemático do clube, e um dos quatro maiores ídolos do São Paulo, empatou a partida. O segundo tempo foi uma das maiores exibições de um time sul-americano contra europeu: novamente Raí marcou e virou o jogo para o Tricolor do Morumbi, em uma cobrança antológica de falta, o "Terror do Morumbi" fez o 2 a 1 e cabia mais. Se antes da partida os jornais internacionais colocavam o Barcelona como franco favorito, dentro de campo foi dominado pelo Tricolor. Em uma ensolarada tarde de 13 de dezembro de 1992 o mundo conheceu a grandeza de um time irretocável, foi o momento de gritar para o mundo inteiro ouvir "muito prazer, eu sou São Paulo Futebol Clube, o melhor time do planeta". E ninguém poderia ousar questionar essa afirmação. Ali surgiu a hegemonia de Telê Santana, até hoje considerado um dos melhores técnicos da história do futebol. Ali o Brasil voltou a ser cartaz para o mundo, desta vez não pela seleção amarelinha, mas por uma seleção de três cores: vermelho, branco e preto.
Raí e Muller levantam seus prêmios após brilhante atuação no Mundial de 1992/ Reprodução
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Menções honrosas: Mundial de 1993 contra o Milan (vitória por 3 a 2 com grande atuação de Muller para o bicampeonato), Bi da Libertadores de 1993 (com direito a goleada na Universidad Católica), Tri da Libertadores contra o Athletico-PR em 2005, São Paulo x Palmeiras de 1945 (o fatídico jogo em que "a moeda caiu de pé" para o segundo título paulista da história do clube).