France Football

Sócrates é homenageado com prêmio na cerimônia da Bola de Ouro

Sócrates Awards fará parte da cerimônia da Bola de Ouro, da France Football, e vai condecorar os jogadores comprometidos com causas sociais

Bruno Hoffmann

Publicado em 21/09/2022 às 19:00

Atualizado em 21/09/2022 às 19:03

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Sócrates em ação pelo Corinthians / Divulgação

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A revista France Football anunciou a criação de mais uma categoria na cerimônia da Bola de Ouro, que premia anualmente os melhores jogadores do mundo. A próxima edição terá o Sócrates Awards, para condecorar atletas comprometidos em causas sociais e ambientais. A cerimônia está marcada para 17 de outubro.

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A premiação, como o nome sugere, é uma homenagem a Sócrates Brasileiro Sampaio de Souza Vieira de Oliveira, um dos maiores ídolos da história do Corinthians e da seleção brasileira. O meio-campista também atuou no Botafogo de Ribeirão Preto, Fiorentina, Flamengo e Santos.

O Corinthians celebrou o anúncio da revista francesa: "Causas sociais, luta contra preconceito e desigualdade sempre foram marcantes na história do Corinthians. Por isso seguimos orgulhosos, e por tanto tempo, de tudo que significou e ainda significa a figura de Dr. Sócrates na nossa história dentro e fora de campo", escreveu o clube em seu site oficial.

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O jogador com ideais de esquerda foi o mentor da Democracia Corintiana, que propôs uma nova forma de gerir o clube, em um momento em que a palavra "democracia" soava como palavrão para o governo militar, no início da década de 1980.

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A partir de então, todas as decisões passariam a ser tomadas pelo voto, desde horário de treinamento até a escalação da equipe. E o voto do presidente teria o mesmo peso ao de qualquer reserva.

A concentração – ou “campo de concentração”, como definia Sócrates – foi praticamente abolida. Os jogadores entravam com faixas alusivas à política nacional, como “Ganhar ou perder, mas sempre com democracia” e “Quero votar pra presidente do Brasil”.

O movimento começou a se esvaziar entre 1984 e 1985, mas a luta de Sócrates, Wladimir, Casagrande e outros alvinegros entrou para a história do futebol mundial.

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Para os jogadores da época, o episódio serviu de ensinamento para toda a vida. “Depois de ter passado pela Democracia Corintiana, nunca mais tive medo de falar a verdade, de defender o que acredito”, afirmou o zagueiro Juninho.

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