Sem medo da crise, R. Oliveira diz que vai provar seu valor em 4 meses

O momento alarmante do Santos no que se diz respeito a parte financeira é conhecido por todos. O clube quitou dois meses de salários atrasados na última terça-feira, mas ainda deve um mês, além de 13º, férias e direito de imagem dos últimos três meses. Porém, nada disso assustou ou fez com que Ricardo Oliveira ficasse ressabiado em acertar seu retorno ao Peixe após 12 anos.

"Vejo uma seriedade e vejo um compromisso evidente e expressado com as pessoas que tratei, que vão sanar essas pendências. Todos os que estão aqui no Santos receberam essa notícia, ficaram felizes e estão esperançosos de que em um futuro próximo tudo seja solucionado. Não fico perguntado. O que está em xeque agora é a paixão e o desejo”, explicou o novo camisa 9. “Acredito que o Santos vai cumprir o acordado, porque em seu histórico nunca houve esse problema. As dificuldade são superadas com pessoas engajadas, e vi isso nessa diretoria”, completou Ricardo Oliveira, nesta quinta-feira, durante sua apresentação na Vila Belmiro.

Amigo de Robinho, com que já jogou ao lado tanto no Santos quanto na seleção brasileira, Renato e Elano, que chega nesta sexta para assinar contrato, Ricardo Oliveira admite ter conversado com os santistas por telefone antes de concretizar seu retorno ao Peixe, porém, garante que o assunto ‘salários atrasados’ nem chegou a entrar em pauta.

"O fato de eu ligar para eles e perguntar da possibilidade de estarmos juntos foi o que mais pesou. Não me preocupou a situação financeira, não mesmo", resumiu.

Assim como está acordado com Elano, o centroavante terá um contrato de apenas quatro meses. Como está há cinco temporadas no futebol árabe e em maio completa 35 anos, o clube preferiu não apostar todas suas fichas de uma vez só e quer dar a chance para Ricardo Oliveira provar que ainda tem o mesmo faro de gol. Caso o atacante agrade a cúpula e a torcida santista no Campeonato Paulista que se inicia dia 1º de fevereiro (o Santos estreia contra o Ituano, na Vila), a diretoria voltará a sentar com o jogador para oferecer uma renovação. Do contrário, o atleta será dispensado, sem custos.

"Confiança, essa é a palavra. Acredito em mim, confio em mim, eu aceitei isso, é um desafio bom. Somos vistos como mercenários, eu não sou, tenho uma responsabilidade comigo e a minha família. Sou remunerado, mas o fato de aceitar isso é a confiança. Essa é a resposta, é a confiança, acredito no que sou capaz. Além de falar, vou demonstrar em campo o que posso e sei fazer", enfatizou o ex-jogador da seleção brasileira.