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Santos projeta vender mais do que comprar na próxima temporada

Os números fazem parte da previsão orçamentária elaborada pelo Comitê de Gestão e se tudo sair dentro das estimativas, ainda haverá um déficit de R$ 7 milhões

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 26/11/2013 às 20:52

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O Santos terá R$ 8,5 milhões para contratar reforços e vai precisar atingir a receita de pelo menos R$ 27 milhões com a venda de jogadores, no exercício de 2014, para não comprometer as suas finanças. Os números fazem parte da previsão orçamentária elaborada pelo Comitê de Gestão e se tudo sair dentro das estimativas, ainda haverá um déficit de R$ 7 milhões.

Os recursos destinados às contratações são inferiores ao que foi gasto na compra de Cicinho (R$ 10 milhões), no meio do ano, e menos da metade do investimento feito para tirar Montillo do Cruzeiro, em janeiro passado. E para fazer caixa, o Santos terá de negociar o meia argentino ou então dois jogadores de cotação média.

O déficit operacional de 2013, apesar das vendas de Neymar, Rafael (goleiro) e Felipe Anderson (meia), deve ficar em torno de R$ 8 milhões. A explicação é que a gerência de marketing fracassou na missão de injetar nos cofres santistas R$ 32 milhões com os patrocínios da camisa. A projeção era obter R$ 20 milhões com o patrocínio master, mas o time jogou o ano inteiro sem publicidade no peito e costas. Para 2014, a expectativa é da entrada de R$ 13 milhões no ano com patrocínios da camisa, incluindo o master. Os de valores menores, com a Corr Plastik e a Minds (escola de idiomas), já foram renovados.

O meia Montillo pode ser negociado em 2014 (Foto: Divulgação/Santos FC)

Após o rompimento com a DIS (contestou os valores apresentados pelo clube para venda de Neymar), o Santos está diante de uma tarefa inglória: arrumar um novo parceiro forte. Até a Teisa faz exigências especiais, depois de ter se tornado fundo de investimento voltado para o futebol. Inicialmente a Teisa era um grupo formado por santistas apaixonados que atuam no mercado financeiro, com o objetivo de socorrer a direção do clube em momentos de dificuldades. Ganhou dinheiro ao se tornar dono de parcelas de alguns jogadores, mas perdeu com Neymar, vendido ao Barcelona por um valor bem inferior ao da multa contratual.

Agora a Teisa é um fundo, precisa fazer bons negócios para se consolidar e só vai ajudar o Santos ao vislumbrar possibilidade de lucro. Não é o caso do chileno Vargas, que interessaria ao clube. Embora seja um atacante de 23 anos e tenha lampejos de craque, foi vendido ao Napoli por 11 milhões de euros (aproximadamente R$ 33 milhões), não se firmou e nem fez o sucesso esperado no empréstimo ao Grêmio.

Seria temerário comprar 50% dos direitos de Vargas na esperança de, em seguida, vendê-lo bem para um dos gigantes europeus. E caso o Santos aceite um jogador oferecido pela Teisa, terá a segurança de que ele não será vendido em um prazo inferior a 360 dias, mas terá de pagar multa ao fundo se resolver rescindir o contrato do atleta.

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