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Zagueiro Lúcio mira volta à Seleção como xerife tricolor

Em sua apresentação no São Paulo, nesta quarta-feira, ele disse que, mesmo aos 34 anos, ainda sonha em vestir a camisa verde-amarela.

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 19/12/2012 às 21:30

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Sem oportunidades na Juventus, Lúcio acertou em comum acordo com a diretoria da equipe italiana sua rescisão de contrato e resolveu voltar ao futebol brasileiro. A intenção do zagueiro é retornar à Seleção Brasileira, principalmente agora, sob comando de Luiz Felipe Scolari, treinador com quem foi campeão mundial.

Em sua apresentação no São Paulo, nesta quarta-feira, ele disse que, mesmo aos 34 anos, ainda sonha em vestir a camisa verde-amarela. "Qualquer jogador sonha. Meu desejo segue o mesmo daquele novembro de 2000, do meu primeiro jogo pela Seleção, que foi aqui no Morumbi (vitória por 1 a 0 sobre a Colômbia)", disse, ciente de que o selecionado nacional, atual 18º do ranking mundial, vem devendo bastante.

"Independentemente de treinador, a Seleção vive de resultados e, infelizmente, não os tem obtido, não tem conquistado títulos, o que é normal no futebol. O objetivo é sempre o topo de qualquer competição, é o que realmente conta. Não posso dizer o que a nova comissão pensa. O que eu penso é poder mostrar em campo que tenho condição de retornar e ajudar", completou.

Para mostrar isso, ainda que tenha tido algum prejuízo financeiro, ele não perderá tanto no Brasil, até porque exigiu manutenção de algumas regalias a que tinha direito na Europa, como um carro importado, o qual o São Paulo conseguiu viabilizar através de parceria de ocasião com a rede de concessionárias Eurobike. O salário, mesmo não equivalente, vai beirar o teto estabelecido para o elenco: cerca de R$ 300 mil.

A intenção de Lucio é retornar à Seleção Brasileira (Foto: Alessandro Valle/ABCDigipress/Estadão conteúdo)
O principal problema de início talvez seja a readaptação ao estilo de jogo brasileiro. O defensor não atua por um clube do País desde 2000, quando deixou o Internacional rumo ao Bayer Leverkusen. Nada, porém, que o atrapalhe em longo prazo, ele imagina.

"Eu acompanhava os jogos daqui, não todos, pela questão do fuso horário, mas sempre que possível. Acredito que seja mais difícil se adaptar à Europa do que se readaptar ao Brasil. Claro, vai ter algumas coisas que a gente vai ter um pouco de dificuldade, mas nada que impeça de fazer um bom trabalho", comentou o jogador, já apelidado de xerife pelo site do clube.

"O rótulo de xerife é uma coisa que as pessoas colocam. Para mim, não é o fundamental. O meu desejo é poder representar bem o São Paulo, vestir essa camisa com orgulho e fazer meu melhor. Vestir com o coração, como tenho feito em todas as equipes pela qual passei. Essa é a minha vontade", concluiu o reforço tricolor.

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