Esportes
Com apenas 17 anos, skatista domina final com ginásio lotado, supera fortíssima delegação japonesa e conquista seu quarto título consecutivo
Vitória coloca Rayssa no topo absoluto da temporada e reforça sua hegemonia no skate feminino / Divulgação/SLS
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Rayssa Leal brilhou mais uma vez. Aos 17 anos, a Fadinha se consagrou tetracampeã da Street League (SLS) neste domingo, no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo.
Diante de quase 10 mil pessoas, a brasileira levantou a torcida, superou favoritas olímpicas e garantiu uma vitória histórica na principal competição da modalidade em 2025.
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A final reuniu as maiores estrelas do skate mundial — e a disputa foi intensa. Rayssa venceu mesmo competindo com um torcicolo e uma entorse no tornozelo direito, problemas que a acompanharam desde o treino.
“Não tenho palavras. Era 100% minha meta do ano”, disse após o título. “Fiquei muito feliz em vencer em casa, com o público cheio e representando o Brasil”.
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Rayssa começou forte. Sua primeira volta rendeu nota 8.3, garantindo o topo da tabela e abrindo vantagem mínima sobre a australiana Chloe Covell.
Mesmo com o desafio físico, ela manteve ritmo sólido, alternando linhas técnicas e manobras de precisão no corrimão — uma de suas assinaturas mais reconhecidas na SLS.
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Confira as manobras que levaram Rayssa ao título:
Delegação japonesa dominava a final, com quatro competidoras de altíssimo nível:
Além delas, Chloe Covell, uma das maiores revelações do skate, completou o cardápio de feras na disputa.
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Com apenas 20 anos, a japonesa Funa Nakayama era a mais velha da final — mostrando o quanto o skate street é impulsionado por atletas jovens e tecnicamente impressionantes.
Nas rodadas finais, Rayssa alternou entre ousadia e constância. Sua sequência técnica mais alta recebeu 8.7, ampliando a vantagem. Oda e Akama reagiram com excelentes notas, mas não o suficiente para desbancar a brasileira.
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Na última manobra, com o título já garantido, Rayssa entrou na pista ovacionada e cruzou a linha como campeã — novamente.
O título ganha ainda mais peso por um detalhe decisivo: o Campeonato Mundial de 2025 foi cancelado, fazendo da etapa Super Crown a maior competição internacional do ano.
A vitória coloca Rayssa no topo absoluto da temporada e reforça sua hegemonia no skate feminino.
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Bob Burnquist, lenda do esporte, resumiu o sentimento no Ginásio do Ibirapuera. “Nível técnico muito alto”.
A brasileira completará 18 anos em janeiro, mas já reúne feitos de veterana. Quatro títulos consecutivos da Street League a posicionam como uma das maiores skatistas da história — e, mais importante, mostram que ela ainda está só começando.
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