07 de Maio de 2024 • 09:32
O presidente do Sport, Luciano Bivar, remexeu no passado e levantou nesta sexta-feira (8) uma polêmica que pode se transformar no novo escândalo no futebol brasileiro. Inicialmente, ele revelou ter pago a alguém da CBF para que o volante Leomar fosse convocado para a seleção brasileira que disputou a Copa das Confederações em 2001. Depois, diante da repercussão do caso, disse que o pagamento foi feito a um lobista. Emerson Leão, técnico da seleção brasileira à época, afirmou não ter cabimento as declarações do cartola, mas entende que a denúncia deve ser investigada a fundo.
Luciano Bivar, que foi candidato à presidência da República em 2006, fez a "revelação" em entrevista à Rádio Transamérica do Recife. "Eu empurrei um jogador para a seleção pagando comissão. Foi na época de Leomar", contou o dirigente. "Não vou falar o nome (de quem recebeu a comissão), não vou levantar defunto."
Mais tarde, o atual presidente do Sport, que também estava no comando do clube em 2001, alterou sua versão. "Todo mundo faz lobby no futebol brasileiro. Pergunte a Felipão, por exemplo, quantos procuradores ligaram a ele pedindo para que alguém fosse convocado. Essa é a realidade do futebol brasileiro. Com o Leomar, houve o pagamento para um lobista", explicou.
O que ele não nega é que voltaria a pagar para um lobista para ter um jogador do seu elenco na seleção. "Se eu puder colocar cinco jogadores do Sport hoje na seleção eu vou colocar. É a regra do jogo. O presidente do Sport pode ser tudo, menos inocente", afirmou Luciano Bivar, em entrevista à Rádio Clube do Recife.
Treinador da seleção em 2001, Leão está atualmente sem clube. E ficou revoltado com a insinuação. "Ele falou besteira e agora deve ser apertado para dizer quem foi (que recebeu o dinheiro). Vai ter de provar, embora já tenha corrido daquilo que disse inicialmente", afirmou o técnico, lembrando que Leomar tinha feito uma grande temporada pelo Sport naquela época e, diante das circunstâncias - não podia convocar jogadores de clubes estrangeiros -, merecia uma chance na seleção.
Leão explicou que, no período em que esteve à frente da seleção, entregava a lista de convocado duas horas antes da divulgação para o então diretor de futebol da CBF, Antonio Lopes. "E ele é uma pessoa de altíssima honestidade, inclusive é delegado. Ninguém tinha acesso. Nem o presidente da CBF", lembrou o treinador, que, por ser desafeto, não fala o nome de Ricardo Teixeira, presidente da entidade em 2001.
Ricardo Teixeira mandou Antonio Lopes demitir Leão quando a delegação estava no aeroporto de Narita, em Tóquio, para retornar ao Brasil depois do fracasso naquela Copa das Confederações disputada no Japão. Por isso, o técnico virou desafeto do ex-presidente da CBF.
Leão se diz à disposição para qualquer esclarecimento sobre o caso levantado por Luciano Bivar e acrescentou: "Vocês podem ligar para os Estados Unidos e perguntar ao presidente da CBF sobre isso (Ricardo Teixeira está morando na Flórida desde que deixou a entidade há cerca de um ano). Na minha época, não tinha lobby".
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