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As vaias, os xingamentos e a pressão por quatro jogos sem vitória não parecem ter efeito nos jogadores do Palmeiras. O discurso é de que a cobrança no clube é considerada normal mesmo em vitórias, e o principal exemplo é o difícil triunfo sobre o Bragantino, no Pacaembu, que aumentou a irritação de diretoria e torcida, principalmente, com Gilson Kleina.
“Às vezes, até com vitória somos cobrados. Foi assim quando vencemos o Bragantino por 2 a 1”, disse Fernando Prass, adotando uma fala de conformismo. “Quando tivemos aquela sequência de dez vitórias em 11 jogos, eu já falava que a tranquilidade duraria até o próximo jogo. Aqui vai ser sempre assim, principalmente em ano de Série B.”
O goleiro se mostra tão acostumado às críticas que nem separa um setor ou outro, como seus colegas, que indicam os erros nas finalizações como culpados pelo jejum de vitórias. “Se a defesa tomar gol, vai ser cobrada. Se o ataque não fizer gol, vai ser cobrado. Se empatar, vamos ser cobrados. A cobrança vem de todos os lados”, apontou.
Com esse pensamento, embora a diretoria ressalte que o objetivo foi conquistado com a liderança ao final do primeiro turno na Série B, ainda é proibido vibração pelo feito. “Sabemos da cobrança aqui, temos que viver cada momento. Não adianta comemorar a liderança do primeiro turno, mas o aproveitamento do time. Temos que somar o máximo de pontos para voltar à Série A o mais rápido possível”, receitou Márcio Araújo.
Pensando mais em subir do que no título da segunda divisão nacional, os jogadores citam a tabela de classificação como argumento para qualquer crítica. Além de ocupar a liderança com dois pontos de distância, o Verdão está a 11 pontos do quinto colocado, primeiro clube fora da zona de acesso.
“O importante é pensar no campeonato como um todo, saber que temos dois pontos de vantagem para o segundo colocado e jogar com essa vantagem. Essa situação de não vencer há três jogos na Série B incomoda. Precisamos vencer o mais rápido possível para voltar à normalidade e manter distância para quem vem atrás”, falou Prass, lembrando que só o Vitória de 2012 pontuou mais do que o Verdão deste ano no primeiro turno – fez 44 pontos, contra 42 dos comandados de Kleina.
“Nosso campeonato está praticamente irretocável, com a segunda melhor campanha da história em um segundo turno e uma distância bem grande para o quinto colocado. É normal oscilar, e três jogos sem vitória na Série B só são considerados uma oscilação por culpa nossa, que tivemos tantas vitórias”, opinou Prass.
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