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Alexandre Pato nunca esteve tão tranquilo, como gosta de dizer, desde que chegou ao Corinthians. Neste domingo (1º), dia em que o clube completou 103 anos, o atacante marcou dois gols na vitória por 4 a 0 sobre o Flamengo e foi aplaudido de pé no Pacaembu. Depois, até substituiu o técnico Tite na tradicional entrevista coletiva concedida após as partidas.
De banho tomado, Pato apareceu sorridente na sala de imprensa do Pacaembu. Justificou a sua redenção – ele já chegou a ser vaiado no estádio municipal em outras ocasiões – ao esforço que a torcida tanto exige. “Estou trabalhando muito. Existe todo um processo para que as coisas deem certo”, discursou, sem deixar de citar o seu superior. “O professor Tite está nos auxiliando bastante.”
De fato, Tite tem externado confiança em Pato desde que o concorrente Emerson se envolveu em polêmicas (irritou-se com uma substituição e incomodou parte da torcida quando divulgou uma fotografia em que aparece beijando a boca de um amigo). O treinador até se sentiu à vontade para interromper a coletiva do astro neste fim de semana, com o intuito de agradecer ao colega Mano Menezes por lhe dar apoio em um raro momento de dificuldades no Corinthians.
Não é apenas Tite, contudo, que Pato pretende agradar. Contra o Flamengo, por exemplo, o atacante conseguiu arrancar aplausos do público logo aos seis minutos, ao empurrar o lateral direito improvisado Paulinho em uma disputa de bola. Foi na direção da maior torcida organizada corintiana que ele correu depois de abrir o placar.
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“Estamos trabalhando muito, e é bom quando a torcida nos ajuda. Os torcedores podem criar algumas coisas nas arquibancadas que nos motivam a dar carrinhos, a correr muito e a dar um algo a mais”, aprendeu Pato. “Hoje, eles gritaram desde o primeiro minuto. O apoio deles foi fundamental para tudo dar certo em campo. As coisas ficam mais fáceis assim.”
O 103º aniversário do Corinthians criou a atmosfera que Pato queria encontrar no Pacaembu. Curiosamente, o atacante completará 24 anos na segunda-feira. “Hoje é um dia especial. Poderia ser mais especial ainda se a minha mãe tivesse sido um pouco mais rápida, pois eu teria nascido no dia do Corinthians. Foi por pouco. Mas estou muito feliz por ter ajudado na vitória. Tenho certeza de que a torcida também está contente”, sorriu.
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De qualquer forma, o jogador mais caro da história do Corinthians sabe que a alegria pode ser passageira. Por isso mesmo, foi cauteloso – talvez lembrando os seus emblemáticos gols perdidos nesta temporada: “Não posso falar sobre o futuro. Só sei que o presente é esse. Não é sempre que as coisas dão certo. Em alguns dias, a gente chuta de qualquer lugar, e a bola entra”.
Neste domingo especificamente, Pato chutou “de qualquer lugar”. No seu segundo gol, ele driblou o goleiro Felipe e ficou sem ângulo para finalizar – mesmo assim, acertou a rede. “Depois, quase marquei o terceiro gol, mas o Romarinho ficou a sobra de bola. Até brinquei com ele que seria a primeira vez na carreira em que eu marcaria três vezes em um jogo. Mas tudo bem.”
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