Matematicamente, o Palmeiras ainda tem chances de se manter na Série A do Campeonato Brasileiro, mas sabe-se que só um grande milagre garante a equipe na elite nacional. Por isso, a diretoria resolveu jogar a toalha e agir com a razão. Chegou a hora de pensar 2013 com a Série B a ser disputada e um árduo trabalho para montar dois times com caras e valores diferentes.
"Trabalhamos com a possibilidade de ter de montar dois times. Um para o primeiro semestre e outro para o segundo. Temos que pensar nisso, não tem jeito", admitiu o gerente de futebol do Palmeiras, César Sampaio. O problema é conseguir atrair alguns jogadores para disputar a Libertadores e a Série B. "Realmente é difícil convencer um jogador de nível Série A jogar a Série B, mas temos de tentar", emendou o dirigente.
Dois nomes certos para 2013, mas que podem fracassar as negociações em caso de queda são o goleiro Dida, da Portuguesa, e o lateral-direito Ayrton, do Coritiba. Outros três jogadores também estão apalavrados e só dependem da permanência do time na elite nacional.
A ideia é fazer inicialmente uma análise dos jogadores do elenco que têm contrato até o fim do ano, casos de Correa, Leandro, Artur, Daniel Carvalho, Obina, Betinho, Román e Fernandinho. Depois, o clube vai mirar nos jogadores com salários mais elevados. É certo que Barcos terá um aumento salarial para permanecer pelo menos até o fim da Libertadores. Resta convencer o argentino de que será um bom negócio.
Já Marcos Assunção deve renovar contrato por mais uma temporada. Henrique e Wesley devem ficar. E Valdivia vai entrar na lista dos negociáveis. Com a eleição presidencial em janeiro, nem Gilson Kleina está garantido.
O fato é que o presidente do Palmeiras, Arnaldo Tirone, não sabe o que fazer. E paralelamente à situação do time, o dirigente tem se preocupado mais com a política do clube e seu interesse em tentar a reeleição.