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Jorge Sampaoli é uma das principais esperanças do Palmeiras para 2013. A aposta do clube é na possibilidade que o técnico abriu de convocar Valdivia para a seleção chilena e, dessa forma, aumentar a vitrine do meia. Embora não admita publicamente, a diretoria tem a expectativa de que o sucesso do camisa 10 pelo time de seu país gere o interesse de outros clubes capazes de o levarem do Palestra Itália.
A sensação no clube é de descrença em relação ao jogador, antes mesmo da lesão no tornozelo esquerdo devido a carrinho que levou de Henrique no treino de segunda-feira. Os quatro dias de falta dele na pré-temporada foram a gota d’água. A partir dali, a volta à seleção chilena passou a ser vista como a única salvação para o meia.
Mais do que o trabalho realizado pelo meio-campista em uma clínica de Santiago durante suas férias, a notícia mais animadora vinda do Chile em seu período de descanso foi a aproximação de Sampaoli. O treinador conversou com Valdivia e pôs fim à suspensão que o deixa fora da seleção desde 2011 – o então técnico Carlos Borghi alegou que ele chegou atrasado e embriagado à concentração após ter sido liberado para acompanhar o batizado de uma das filhas.
Os candidatos à presidência do Palmeiras na eleição de segunda-feira ainda devem analisar o caso do chileno, mas o panorama que um deles encontrará vindo da diretoria atual é praticamente de desistência do atleta. O principal problema são os constantes desfalques do meia, que terminou o Brasileiro no qual o time foi rebaixado sem fazer gol nem dar assistência.
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Valdivia tem contrato até 2015, mas até 2016, por conta de empréstimos bancários, o Palmeiras precisará pagar R$ 36 milhões pela sua contratação, ocorrida em agosto de 2010. E se ocorrer uma venda, o clube não ficará com a totalidade do preço, já que o conselheiro Osório Henrique Furlan Junior tem 36% dos direitos econômicos dele por ter ajudado com quase R$ 6 milhões em sua chegada e o próprio atleta detém outros 10%.
Mesmo assim, não será necessária uma oferta por ele similar ao que será gasto. Embora o vice-presidente Roberto Frizzo tenha dito ao jornal chileno El Mercurioque o camisa 10 não sai por menos de 6 milhões de euros (quase R$ 16 milhões), o presidente Arnaldo Tirone até hoje lamenta não ter aceitado em agosto uma oferta vinda do Catar de 4 milhões de euros (cerca de R$ 10 milhões no período) pelo atleta.
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O problema é que atualmente Valdivia não se parece mais disposto a aceitar voltar ao mundo árabe. Tanto que não se animou com a promessa do empresário Rodolfo Forte de uma proposta de 6 milhões de euros do Al Ain, clube dos Emirados Árabes Unidos em que ele atuou entre 2008 e 2010. Qualquer oferta do Oriente Médio não deve seduzir o Mago, ironicamente, por causa de Jorge Sampaoli.
O técnico da seleção chilena disse em recente entrevista coletiva que pediu a Valdivia para ficar no Palmeiras “para ter continuidade e ficar mais perto”. E o jogador parece ter sido convencido pelo treinador. No dia em que se apresentou para a pré-temporada, o meia avisou que fica no clube, ao menos, até dezembro.
O meio-campista ainda reforçou: “Quero jogar por mim e voltar à seleção”. Embora tenha relatado também vontade de se destacar na Série B do Brasileiro, o jogador deixou claro que disputar a Copa do Mundo de 2014 é sua prioridade. A diretoria espera, então, que ele volte a brilhar no Verdão para, o quanto antes, chamar a atenção de um mercado que o mantenha na seleção chilena. E o deixe longe do Palmeiras.
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