Esportes
O técnico garante que não se abala com as críticas, mas retrucou o conselheiro lembrando do início do ano, quando, segundo o treinador, o próprio ia ao CT elogiar o trabalho desenvolvido
Continua depois da publicidade
A reunião do Conselho Deliberativo do Santos aconteceu na última segunda-feira, dia seguinte a derrota do Peixe para o Atlético-MG por 2 a 1, em Cuiabá. O fato deixou o clima quente entre dirigentes e conselheiros e, na ocasião, o vice-presidente do Conselho Deliberativo alvinegro, Carlos Henrique da Fonseca Filho, fez duras críticas ao trabalho do técnico Oswaldo de Oliveira, inclusive pedindo sua saída do comando técnico.
Oswaldo de Oliveira garante que não se abala com as críticas, mas retrucou o conselheiro lembrando do início do ano, quando, segundo o treinador, o próprio ia ao Centro de Treinamento elogiar o trabalho desenvolvido.
“Isso é muito relativo. Eu já tenho muitos anos de futebol para me sentir pressionado. Sei como é isso. Essa pessoa que falou isso é uma que dava tapinha nas costas aqui e dizia que o trabalho era maravilhoso. Falou como torcedor. Sabe como é. O dirigente não, o conselheiro, esse não tem que cuidar. Eles têm que cuidar dos interesses mais importantes do clube”, retrucou Oswaldo de Oliveira, aproveitando também a entrevista coletiva desta quarta-feira para cobrar os dirigentes do clube.
Continua depois da publicidade
“Nós não jogamos a final aqui, deveríamos ter jogado. Isso é uma coisa que os diretores, dirigentes, têm que cuidar. Nós não queríamos jogar em Cuiabá outra vez. O Corinthians jogou em Itaquera, o Flamengo no Maracanã. Por que não pode jogar na Vila? Quem tem que cuidar dos interesses do Santos na CBF é quem tem que tratar disso. Não do time de futebol, que está muito bem cuidado”, reiterou Oswaldo.
Apesar de absorver toda a pressão que tem sido exercida em cima da equipe, que venceu apenas um jogo no Campeonato Brasileiro até aqui, o técnico tenta minimizar o problema e lembra que o fato de ser ano eleitoral no clube, muito do que se fala deve ser ponderado.
“O time inicial teria Vargas, Damião, Montillo. Essas coisas são relativas e envolventes do que está acontecendo. O torcedor, toda hora vai falar. Perdeu um jogo fala, ganhou elogia. Agora, o diretor não, tem que ter uma outra postura e fazer aquilo que o compete. E muitas vezes uma pessoa que não tem, principalmente em ano eleitoral, conheço o Santos, adoro a cidade, adoro o clube, sou apaixonado, mas a gente sabe aqui como as coisas acontecem. A gente vê muitas vezes notícias muito localizadas em um jogador e fica o ano inteiro só falando naquilo. Tem algumas coisas aqui realmente diferentes. As vezes as pessoas pegam uma carona para aparecer um pouco”.
Continua depois da publicidade