Esportes

Odílio diz que tem vergonha da Vila, sonha com Arena e aguarda Pacaembu

Na visão do presidente do Peixe, a opção por uma nova casa em Cubatão seria ideal, mas a incerteza de retorno aos investidores inviabiliza o negócio

Publicado em 10/09/2014 às 11:11

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A diretoria do Santos sonha com um projeto que visa a construção de um novo estádio há muito tempo e esse assunto sempre foi motivo de muita discussão entre associados e torcedores do clube. A eterna afirmação de que o Santos é de Santos contrasta com a necessidade de arrecadar novas receitas e dar mais conforto ao público, como afirmou na noite desta terça-feira o presidente Odílio Rodrigues à Espn.

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“A Vila Belmiro é um estádio hoje de acesso ruim, não tem onde estacionar, você não tem conforto, você não dá segurança. Eu tenho vergonha, gostaria de receber os presidentes de outros clubes lá, eu sei que eles vão ter que ficar num lugar lá e os caras vão ficar xingando eles e tal. Isso não é legal para o futebol”, admitiu Odílio, já ciente do que seria feito com o atual alçapão do Peixe, caso o time passasse a mandar seus jogos em novo local.

“A gente quer uma Arena. O Santos ficaria com dois estádios. Você vai dar uma função para a Vila Belmiro. A Vila Belmiro tem um museu, a Vila Belmiro pode ter um restaurante temático, a Vila Belmiro pode mandar jogos, a Vila Belmiro pode mandar jogos para outros clubes, a Vila Belmiro tem toda parte administrativa do Santos”, explicou.

Odílio Rodrigues aproveitou e revelou que o clube não pretende mais construir um estádio em Cubatão. “Isso a gente desistiu. Do ponto de vista econômico não é inviável porque a taxa de retorno é baixa, você não tem investidor”, disse o presidente.

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“A Vila Belmiro é um estádio hoje de acesso ruim, não tem onde estacionar, você não tem conforto, você não dá segurança", afirmou Odílio (Foto: Divulgação/SFC)

“O planejamento que o Santos tem elencado: O Santos precisa de uma Arena? Precisa. A Vila pode ser reformada e ter 35, 40 mil (de capacidade)? É viável? Não. Ela está em um bairro consolidado e você não resolve o problema de acesso. Então, a Vila Belmiro pode ser reformada para fazer um estádio mais bonito, mais confortável, privilegiando mais o torcedor.  Um ‘estádio Boutique’ que você põe alguns jogos lá”, continuou.

Na visão de Odílio Rodrigues, a opção por uma nova casa em Cubatão seria ideal, mas a incerteza de retorno aos investidores inviabiliza o negócio. Seriam investidos R$ 650 milhões, porém, seria necessário aumentar o valor do ingresso, o que poderia resultar em um problema atual do clube: público baixo e renda pequena.

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“Você aumenta o custo da Vila Belmiro quando tem jogos, porque dá prejuízo. Então, na medida que você tem menos jogos, na realidade de hoje, você tem lucro”, justificou, lembrando o antigo problema com os sócios donos de cadeiras cativas.

“Ela (a Vila) tem 5 mil cadeiras cativas. Esse sócio de cadeira cativa do Santos, ele está em casa e ele fala assim: ‘a praia hoje terminou tarde, vou ver pelo pay-per-view’. E ele não vai (ao estádio). Como é que vai fazer? Um estádio que tem 16 mil lugares e 5 mil você não sabe se o cara vai ou não. E o cara é o dono da cadeira e você não pode fazer nada”.

Com isso, a diretoria parece aguardar uma posição da prefeitura de São Paulo sobre o Pacaembu. Segundo Odílio, o clube não pretende assumir o Pacaembu, mas gostaria de mandar seus jogos no estádio da Capital em parceira com um investidor.

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“Aquilo é um estádio público. A prefeitura tem que definir um edital e ai a gente vai ter que se adequar ao edital. O investidor só entra se estiver casado com o Santos. Existem investidores que foram falar com o Santos, mas ele só entra se souber os detalhes do edital”, avisou o presidente.

 

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