Esportes

Nuzman, Cabral e Gryner são denunciados por propina pela Rio-16

Eles são acusados de organização criminosa, lavagem de dinheiro e evasão de divisas

Folhapress

Publicado em 18/10/2017 às 16:01

Compartilhe:

Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Facebook Compartilhe no Twitter Compartilhe por E-mail

O MPF no Rio denunciou o ex-presidente do COB Carlos Arthur Nuzman pelo caso da suposta propina paga pela eleição do Rio como sede da Olimpíada de 2016 / Agência Brasil

Continua depois da publicidade

O Ministério Público Federal no Rio denunciou o ex-presidente do COB (Comitê Olímpico Brasileiro) Carlos Arthur Nuzman, o ex-diretor da Rio-16 Leonardo Gryner e o ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) pelo caso da suposta propina paga pela eleição do Rio como sede da Olimpíada de 2016.

Faça parte do grupo do Diário no WhatsApp e Telegram.
Mantenha-se bem informado.

Eles são acusados de organização criminosa, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Também são alvo da ação penal o empresário Arthur César de Menezes Soares e os senegaleses Lamine Diack, membro do COI (Comitê Olímpico Internacional) supostamente subornado, e seu filho Papa Massata Diack.
De acordo com a denúncia, Cabral, Nuzman e Gryner solicitaram a Arthur Soares o pagamento de US$ 2 milhões para Diack, por meio de uma empresa de seu filho. A transferência ocorreu dias antes da escolha do Rio como sede dos Jogos.

Continua depois da publicidade

"A denúncia equipara Nuzman e Gryner a funcionários públicos, uma vez que tanto o COB quanto o Comitê Organizador dos Jogos receberam e eram gestores de verbas públicas e exerciam, por delegação, uma atividade típica de Estado: o desporto", afirma nota da Procuradoria.

A medida é um forma de rebater a tentativa da defesa de interromper as investigações usando o argumento de que corrupção privada não é crime no Brasil.

Continua depois da publicidade

"A despeito de tratar-se de uma 'pessoa jurídica de direito privado', o Comitê Olímpico Brasileiro, por meio de seus dirigentes, representa a República Federativa do Brasil em eventos esportivos internacionais, recebe verba pública (que representa a maior parte de seu orçamento) e, ainda, exerce uma atividade típica da Administração Pública Federal ao fomentar e organizar as atividades desportivas olímpicas no Brasil", afirmam os procuradores na denúncia.

"Onde existe verba pública, existe dever de probidade e existe a responsabilidade daqueles que a gerem, podendo, portanto, ser responsabilizados quando atuarem em contrariedade ao que determina a lei", escreveram.

Nuzman e Gryner também teriam infringido dever funcional ao conceder desconto, mesmo diante de descumprimento de contrato, por parte do hotel LSH Barra Empreendimentos Imobiliários SA (LSH Barra Hotel).

Continua depois da publicidade

O ex-presidente do COB ainda é acusado de dissimular a propriedade e a origem de 16 quilos de ouro, no valor de R$ 1,5 milhão, mantidos em cofre na Suíça.

Nuzman está preso preventivamente desde o início do mês, após a deflagração da segunda fase da Operação Unfair Play. Gryner foi solto após nove dias preso temporariamente. Cabral está detido desde novembro. Os senegaleses Diack estão em seu país de origem e Arthur Soares está foragido.

Além da condenação, a denúncia pede a reparação por danos materiais no valor de R$ 6,34 milhões e de danos morais no valor de R$ 1 bilhão.

Continua depois da publicidade

Mais Sugestões

Conteúdos Recomendados

©2025 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software