Esportes
Contratado em maio do ano passado, Sylvinho tomou conhecimento da situação financeira do Corinthians e aceitou o cargo com um salário inferior a R$ 300 mil mensais -com seus auxiliares, o valor total gasto não passava de R$ 400 mil
Sylvinho deixa o comando do Timão após perder o clássico para o Santos / Rodrigo Coca - 28.out.2021/Agência Corinthians
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A demissão não planejada de Sylvinho e a necessidade de contratação de um novo treinador podem gerar ao Corinthians um aumento de até cinco vezes na folha salarial da comissão técnica.
O antigo treinador recebia um salário considerado baixo para os padrões da elite do futebol brasileiro, e agora o Corinthians se prepara para abrir os cofres e gastar bem mais com o novo comandante, independentemente de quem seja o escolhido pela diretoria.
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Contratado em maio do ano passado, Sylvinho tomou conhecimento da situação financeira do Corinthians e aceitou o cargo com um salário inferior a R$ 300 mil mensais -com seus auxiliares, o valor total gasto não passava de R$ 400 mil.
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A diretoria agora estima que deva investir algo em torno de R$ 1,5 milhão para montar sua próxima comissão técnica.
Em seu contrato de trabalho, registre-se, o ex-comandante ainda atendeu ao pedido da diretoria e não estipulou uma multa rescisória -prática que não é comum no mercado da bola.
Agora, sem Sylvinho e Doriva no CT Joaquim Grava, o Corinthians se prepara para gastar bem mais.
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O clube ainda não abriu negociações com os possíveis candidatos ao cargo vago, mas acionou um intermediário para conhecer as condições do ex-flamenguista Jorge Jesus.
Com base nas demandas salariais recentes do português, as eventuais tratativas muito provavelmente pediriam um esforço de ambas as partes para que um acordo seja fechado. O português tem pedido salário de nada menos que 4 milhões de euros anuais (R$ 24,2 milhões na cotação atual).
No total, a comissão técnica do português custaria cerca de R$ 3 milhões mensais. É o dobro das contas que a diretoria corintiana faz no momento. Em todo o caso, uma eventual chegada de Jorge Jesus hoje parece improvável.
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No entanto, outros nomes ventilados no Parque São Jorge e debatidos internamente entre o presidente Duilio Monteiro Alves e o diretor de futebol Roberto de Andrade, como é o caso do ex-atleticano Cuca, também não são baratos e certamente custarão muito mais do que Sylvinho.
A diretoria está ciente disto e trabalha para estipular um teto daquilo que pode oferecer ao novo técnico.
No orçamento do Corinthians para a temporada, o clube prevê um gasto de aproximadamente R$ 21 milhões mensais com a folha salarial de toda a estrutura do futebol profissional.
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Pelo menos dois terços deste valor estão comprometidos apenas com o pagamento dos atletas, sendo que o restante -em sua maior parte- contempla os profissionais da comissão técnica.
O clube não estabeleceu um prazo para fechar a contratação de seu novo treinador, mas quer agir rápido no mercado da bola. No domingo (6), o Corinthians tem compromisso marcado pelo Campeonato Paulista e se prepara para o início da Copa Libertadores, no mês de abril.