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Nobre constata "buraco" tão grande como imaginava, mas administrável

Há duas semanas no cargo, presidente constatou que as dívidas do Palmeiras são tão grandes quanto ele imaginava.

Publicado em 05/02/2013 às 14:31

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Em seu discurso de posse, Paulo Nobre avisou que o biênio de sua gestão seria de recesso mesmo antes de ter noção do “tamanho do buraco”. Com duas semanas no cargo, o presidente constatou que as dívidas do Palmeiras são tão grandes quanto ele imaginava, mas nada que o impossibilite de trabalhar.

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“A expectativa era de um buraco grande e isso se confirmou. O Palmeiras financeiramente está em uma fase instável, a situação é complicada. Mas é administrável”, assegurou Nobre, que é empresário do ramo financeiro. “É uma situação administrável desde que você trabalhe muito sério em cima dela. Não podemos repetir os mesmos erros das últimas gestões”, prosseguiu.

Os dois últimos antecessores de Nobre foram muito contestados na parte financeira. Entre 2009 e 2011, Luiz Gonzaga Belluzzo não economizou para contratar nomes como Muricy Ramalho, Vagner Love, Luiz Felipe Scolari, Kleber e Valdivia, dar aumento a atletas como Diego Souza e Cleiton Xavier e ainda pagar pelas demissões de Vanderlei Luxemburgo e Muricy. Na seqüência, Arnaldo Tirone continuou gastando, mas em atletas questionáveis e, por isso, perdeu em seu último mês de mandato a liberdade de contratar sem o aval do Conselho de Orientação e Fiscalização (COF).

Presidente encontrou as dívidas do tamanho que imaginava e admite ser improvável zerá-las em dois anos (Foto: Sergio Barzaghi/Gazeta Press)

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“Queremos reverter a tendência de dívidas e colocar o Palmeiras em superávit, deixar o clube nos eixos para que nas próximas gestões, se seguirem o mesmo curso, a dívida zere naturalmente”, comentou Nobre, ainda sem total noção do rombo financeiro. “Temos muitas coisas a serem feitas. Em alguns campos, ainda estamos tomando pé.”

Sincero, o presidente fala que entregar o clube sem dívidas no fim de seu mandato, em dezembro de 2014, é improvável. “Zerar a dívida é possível, mas, pelo tamanho que é, você precisa contar com coisas excepcionais, como o surgimento de três, quatro, cinco jogadores excepcionais vendidos por preços extraordinários, a televisão pagar muito mais, o mercado de patrocínios aumentar muito...”, apontou.

Para colocar o Verdão no curso que pretende, o mandatário mantém seu discurso de ‘doa a quem doer’. “Ainda nem fiz as mudanças significativas que desejo. Se já tem conselheiro reclamando, ou ainda vai reclamar muito mais ou vai ficar contente, porque virão mais mudanças”, avisou.

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