15 de Outubro de 2024 • 07:19
Dunga não participou do 7 a 1 na última Copa do Mundo, mas, além de ser o capitão do tetra, foi um dos protagonistas de duas derrotas que marcaram a história do futebol brasileiro: a eliminação diante da Argentina, em 1990, e a derrota por 3 a 0 na final do Mundial de 1998, contra a França. É para enfrentar o mesmo adversário que a equipe volta a campo nesta quinta-feira, às 17 horas (de Brasília), no Stade de France, em Paris, no primeiro amistos de 2015. Para o técnico, é uma oportunidade para, mais uma vez, começar a dar a volta por cima.
Dunga parece determinado a mostrar aos jogadores que estão em Paris que integrar a seleção é um constante exercício de duras quedas, sucedidas de vitórias gloriosas. O técnico mencionou esses altos e baixos em sua entrevista coletiva nesta quinta-feira. Para Dunga, a derrota de 1990, que recaiu sobre seus ombros, foi a mais dolorosa, mas acabaria compensada pelo tetra, em 1994. Já o 3 a 0 contra a França em 1998 precederia o penta, em 2002.
Seguindo a lógica, a derrota de 7 a 1 para a Alemanha na Copa do Mundo do Brasil, em 2014, pode ser o embrião de uma nova volta por cima, desta vez na Rússia, em 2018. “Ser campeão do mundo é difícil, é para poucos. A França teve grandes jogadores, mas só ganhou uma vez”, lembrou, rasgando elogios ao time francês que tinha ídolos como Zidane, Henri e Deschamps, hoje treinador.
Questionado sobre como preparar a equipe para transformar uma derrota em combustível de vitórias, Dunga se valeu dos exemplos do passado. “Depende muito de quem está no comando dos jogadores mas principalmente aprender com o que aconteceu e tentar fazer de uma forma diferente”, entendeu.
Para Dunga, é preciso três elementos para retomar o caminho das vitórias: pensar como vencedor, agir com atitude e realizar o que foi imaginado. “No papel, tudo dá certo. Mas é dentro do campo que temos de ser bons”, reiterou.
Não é por acaso a escolha dos auxiliares “pontuais” eleitos por Dunga para palestrar aos jogadores. Nesta quarta-feira foi a vez de Jairzinho, testemunha do fracasso de 1966 e um dos heróis de 1970, falar aos jogadores. “Temos de aprender com as derrotas para ganhar. Poucas vezes temos duas chances. Quando temos, temos de aproveitar”.
Em meio a essa atmosfera cheia de lições esportivas, Dunga optou por um mistério na escalação do time a respeito de Roberto Firmino. Questionado sobre se o atacante alagoano do Hoffenheim seria o seu escolhido, já que havia recebido o colete de titular no treino de terça-feira, o técnico desconversou. “Nós não confirmamos nada. O colete é uma mera distribuição de posições. Fizemos um treinamento ontem (terça) para trabalhar a defesa, a movimentação do ataque”.
Para Dunga, mesmo que cada amistoso seja essencial para definir a lista dos jogadores que integrarão o grupo para a Copa América no Chile, a base da seleção está formada. “Nós queremos uma equipe moderna, que seja compacta, que tenha agressividade, mas sem perder a essência da escola do futebol brasileiro, que é o drible, a criatividade do nosso jogador”.
Se do lado brasileiro a seleção ainda lambe as feridas, no lado francês Didier Deschamps foi só elogios à tradição da amarelinha. “O Brasil sai de uma Copa que não podemos chamar de fracasso, por mais que tenha jogado em casa. Eles chegaram às semifinais e nós paramos nas quartas. O placar pode ter sido traumatizante, mas eles mudaram bastante desde então”, frisou.
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