Esportes

Momento mais absurdo do futebol aconteceu no Brasil, quando atacante defendeu 3 pênaltis

Em uma edição bem controversa da Copa Conmebol, o improvável acabou acontecendo

Jeferson Marques

Publicado em 19/12/2025 às 16:21

Compartilhe:

Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Facebook Compartilhe no Twitter Compartilhe por E-mail

Flávio, atacante do Paraná Clube, defendeu 3 pênaltis / Imagem ilustrativa / Imagem gerada por IA/Google Gemini

Continua depois da publicidade

Em 1999, a Copa Conmebol, que naquele ano teve inúmeros problemas e polêmicas, produziu uma daquelas cenas que parecem roteirizadas, mas aconteceram diante de arquibancadas, suor e nervos de verdade: um atacante do Paraná Clube, Flávio, terminou a noite como goleiro improvisado e ainda virou herói em disputa por pênaltis. A história atravessou décadas porque reúne tudo o que o futebol adora entregar quando ninguém está esperando: expulsão, improviso, decisão na marca da cal e um protagonista improvável.

Faça parte do grupo do Diário no WhatsApp e Telegram.
Mantenha-se bem informado.

A noite em que o plano acabou

O Paraná enfrentava o Sportivo San Lorenzo, do Paraguai, em um mata-mata que exigia sangue frio até o último lance. O jogo foi caminhando para o roteiro clássico de tensão sul-americana, até que uma reviravolta deixou o time brasileiro sem saída: o goleiro Marcos foi expulso já na reta final. O problema é que o técnico Dionísio Filho já havia feito todas as substituições permitidas, e não havia mais como colocar um reserva na posição.

Continua depois da publicidade

Leia Também

• Nova camisa de goleiro do Brasil aposta em visual inédito e promete ser a mais desejada do ano

• Goleiro visto como vilão em derrota da Seleção sofreu a 'maior pena' da Justiça brasileira

Foi aí que o futebol resolveu brincar com a lógica. Entre os jogadores de linha, alguém precisaria “virar goleiro” na marra, com a partida ainda viva e uma disputa de pênaltis no horizonte.

Flávio veste a camisa e vira parede

O escolhido foi Flávio Guilherme, atacante então ligado ao elenco do Paraná e visto como promessa da base. Ele colocou as luvas, assumiu o gol e encarou o tipo de situação que costuma congelar até jogador experiente: cobranças decisivas, longe de casa, com o time inteiro dependendo de um improviso.

Continua depois da publicidade

Na disputa por pênaltis, Flávio foi além do “quebrar o galho”. Ele defendeu três cobranças e virou o personagem central da classificação. Para completar o capítulo, ainda bateu uma das penalidades do Paraná e converteu, ajudando a transformar o improviso em atuação histórica. O resultado virou folclore instantâneo: um centroavante, por uma noite, foi goleiro e decidiu como se tivesse passado a vida treinando para aquilo.

Lenda que atravessou gerações

Por que esse episódio não fica preso a uma estatística antiga? Porque ele concentra o que torcedor guarda na memória: o sentimento de que, no futebol, o impossível às vezes ganha cara, nome e camisa. A façanha de Flávio passou a ser recontada em rodas de conversa, vídeos, perfis de nostalgia e até em lembranças oficiais do próprio clube, como um símbolo de “quando tudo deu errado, alguém resolveu”.

E há um tempero extra: 1999 foi o último ano da Copa Conmebol. Ou seja, aquela noite entrou para o álbum final de uma competição que já não existe mais, reforçando o caráter “único” do momento. No fim, a história do atacante-goleiro sobrevive porque é simples de entender e difícil de repetir: quando faltou goleiro, sobrou coragem.

Continua depois da publicidade

Mais Sugestões

Conteúdos Recomendados

©2025 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software