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Esportes

Marta pede remuneração para atletas levarem Seleção ao ouro olímpico

A falta de planejamento na Seleção Brasileira feminina, voltou a incomodar a jogadora Marta, destaque nacional da modalidade.

Agência Brasil

Publicado em 10/12/2012 às 12:30

Atualizado em 23/04/2021 às 11:49

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A falta de um planejamento direcionado às Olimpíadas na Seleção Brasileira feminina voltou a incomodar Marta. Destaque nacional na modalidade, a camisa 10 rebateu os críticos da performance do time canarinho e cobrou novos investimentos da CBF. A jogadora entende que a equipe só terá chances de chegar ao inédito ouro se as meninas que atuam no País receberem bons salários de seus clubes.

“O Brasil precisa mudar a forma como o futebol feminino é visto. Você só mantém uma atleta de nível motivada com um salário. Não adianta falar que as meninas estão gordas ou fora de forma se elas não recebem para isso. É difícil exigir profissionalismo de uma jogadora que trabalha sem remuneração”, criticou Marta.

Após a goleada por 4 a 0 sobre Portugal, no último domingo, a goleira Andréia surpreendeu ao dizer que passou 2012 sem receber nenhum salário da Seleção e do seu clube, o Juventus da Mooca. Indignada com a situação de suas companheiras, a jogadora pediu para que os dirigentes brasileiros possam estudar meios de valorizar o esporte no País.

 

“A gente vem conversando há muitos anos. Eu também passei pela mesma situação quando joguei no Vasco e em Belo Horizonte. Um time acaba e você tenta procurar outro. Eles só nos dão ajuda de custo e não dá para sobreviver jogando futebol. É preciso que exista algo financeiramente concreto antes de os outros cobrarem algo delas”, ponderou.

Hoje no Tyresö FF, da Suécia, Marta concorre pela oitava vez consecutiva ao prêmio de melhor jogadora do mundo. Antes, porém, a atleta acumulou passagens pelo Santos e assistiu de longe ao fim das ‘Sereias da Vila'. Se nos times de ponta a modalidade ainda não emplacou, a jogadora entende que os incentivos fiscais deveriam ser direcionados aos pequenos clubes que lutam para manter suas equipes femininas em atividade.

“Temos um país cheio de recursos e pessoas que tem condição de fazer algo pelo esporte. Eu não sei se isso tem que partir da CBF ou do governo, mas alguma coisa precisa ser feita. Se não existir um acordo com os grandes, a oportunidade tem que ser dada aos times pequenos. Eu só espero que alguma decisão possa dar um futuro melhor na vida de quem tenta manter uma família jogando futebol”, pontuou a camisa 10.

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