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Marin diz que falou com Felipão antes de Mano sair e 'poupou' Tite

Presidente da CBF admitiu ter se reunido com Luiz Felipe Scolari antes de demitir o técnico anterior.

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 09/12/2012 às 20:01

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Mano Menezes comandou o Brasil no segundo jogo do Superclássico das Américas, quando bateu a Argentina nos pênaltis na Bombonera, já com um substituto engatilhado. O presidente da CBF, José Maria Marin, admitiu ter se reunido com Luiz Felipe Scolari antes de demitir o técnico anterior. E antecipou o anúncio do ex-treinador do Palmeiras para não prejudicar Tite.

“O Corinthians vai ter um grande compromisso (o Mundial de Clubes) e eu não queria que, amanhã ou depois, o Tite pudesse sair do foco de seu objetivo principal, que é ganhar o título”, relatou ao jornal O Globo o mandatário, que recusou o convite do Timão de chefiar a delegação alvinegra no Mundial.

Seria desnecessário Tite ter qualquer esperança, já que Scolari era o nome escolhido. “Eu já havia falado por telefone com o Felipão, quando ele estava com a mãe doente. Ele veio correndo para cá. Havia uma conversa preliminar. Depois da demissão (do Mano) é que acertamos definitivamente. É isso mesmo. Foi uma conversa de cinco minutos. Ele colocou, em primeiro lugar, a satisfação de voltar a dirigir a Seleção”, contou Marin, exaltando que não discutiu salário nem acertou contrato com Felipão. “Será com carteira de trabalho.”

No acordo com Scolari, Marin continuará exigindo saber as convocações 48 horas antes do anúncio oficial, e ouviu a promessa de que a lista chegará a ele até antes desse prazo. Provando o bom relacionamento de presidente e técnico. “O Felipão, no sistema de disputa da Copa do Mundo, é o grande especialista. Pesa também a favor a experiência comprovada através de título conquistado. Ele também é um grande motivador. E o nosso País esperava um motivador como o Felipão.”

Foi ouvindo a opinião pública, valorizando principalmente a imprensa, que Marin diz ter demitido Mano Menezes. “Esperei o Brasileiro estar decidido e a Seleção ter jogado sua última partida no ano. Acompanho de perto. Estive nas Olimpíadas, em amistosos. Senti, ouvi, amadureci. Perdemos a Copa América. Perdemos as Olimpíadas. Ganhamos a taça (do Superclássico), mas perdemos o jogo. Foi após uma avaliação muito, muito demorada. Consultamos detalhes das partidas. E havia um anseio pela mudança”, afirmou, dizendo ter sido elogiado pelo antecessor Ricardo Teixeira pela troca.

O anseio vinha até da Fifa, que pediu para Marin anunciar Felipão como técnico e Carlos Alberto Parreira como coordenador às vésperas do sorteio da Copa das Confederações. “Quando o presidente Joseph Blatter e o secretário-geral Jérôme Valcke tomaram conhecimento, antecipadamente, de que eu tinha escolhido a dupla Felipão/Parreira, acharam que seria um desperdício não apresentá-los no evento da Fifa. Teria repercussão mundial. Seria uma agenda positiva não só para o Brasil, mas para a Fifa”, contou Marin, que, apesar de ter ‘obedecido’ a Fifa, nega ser comandado por Marco Polo Del Nero.

“O primeiro a respeitar a hierarquia é o vice-presidente Marco Polo del Nero. Ele trabalha duro na questão administrativa por sua experiência de muitos anos à frente da Federação Paulista. É uma intriga dizer que o Marco Polo queira se intrometer nas questões que competem exclusivamente à presidência da CBF. Jamais irão conseguir fazer qualquer tipo de intriga entre nós”, garantiu.

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O técnico deixou a mãe doente para se reunir com Marin antes de Mano enfrentar a Argentina na Bombonera (Foto: Rafael Ribeiro/CBF)

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